O Tribunal de Justiça do Acre considerou ilegal a greve dos servidores da educação municipal de Cruzeiro do Sul. A decisão, anunciada nesta terça-feira (14), determina que o sindicato da categoria suspenda imediatamente o movimento e assegure o retorno dos profissionais às atividades. Em caso de descumprimento, foi estipulada multa diária de R$ 10 mil.

A Secretária de Educação, Rosa Lebre, ressaltou que a gestão negociou com os grevistas: Foto/Reprodução
O desembargador Samoel Evangelista, responsável pela decisão, também proibiu o sindicato de realizar ocupações em prédios públicos ou organizar aglomerações em ruas e praças. O descumprimento dessa ordem poderá autorizar a desmobilização dos grevistas com apoio policial.
Para muitos pais, a manutenção das aulas representa um alívio. Maria Shirley de Azevedo, autônoma de 39 anos, destacou a importância da permanência das atividades na Escola Maria Terezinha de Jesus Saavedra, onde estuda sua filha. “Muitas mães precisam trabalhar e não têm com quem deixar os filhos. É fundamental que eles estejam na escola, aprendendo e em um ambiente seguro, longe de riscos como abuso ou envolvimento com drogas”, afirmou.
A Secretária de Educação, Rosa Lebre, ressaltou que a gestão negociou com os grevistas. “Nós já atendemos à pauta da categoria e em janeiro podemos dar o percentual de aumento de acordo com o piso do magistério dos professores provisórios, que é a reivindicação da categoria. Agora queremos concluir o ano letivo da melhor forma para todos”, disse.
Durante a paralisação, cerca de 80% das escolas municipais continuaram funcionando normalmente. Nesta terça-feira, das 98 unidades de ensino, 74 mantiveram as aulas regulares. A administração municipal garante que a greve não afetará o cronograma escolar, que prevê a conclusão do ano letivo até 20 de dezembro.
