Pela primeira vez, mosquitos da espécie Culiseta annulata foram encontrados na ilha, o que tem relação direta com as mudanças climáticas
A Islândia possui uma fauna diferenciada. Pela sua localização geográfica e clima mais frio, não existem cobras, sapos e lagartos no país. Além disso, os habitantes da ilha não precisam se preocupar com os mosquitos.
Ou melhor, não precisavam. Pela primeira vez, os insetos foram registrados no território. Segundo cientistas, isso está relacionado ao aquecimento acelerado da região, um efeito direto das mudanças climáticas.

Mosquitos foram identificados pela primeira vez na região
- Foram identificados três exemplares da espécie Culiseta annulata.
- Os mosquitos foram encontrados na região de Kiðafell, próxima da capital Reykjavik.
- Eles foram analisados por pesquisadores do Instituto de Ciências Naturais da Islândia.
- A espécie é adaptada ao frio e pode sobreviver ao inverno abrigada em porões e celeiros.
- As informações são do G1.
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Ilha está aquecendo muito rápido
Segundo cientistas, o aparecimento dos insetos está relacionado ao aquecimento acelerado da Islândia. Diversos estudos mostram que o país aquece até quatro vezes mais rápido do que a média do Hemisfério Norte.
Este cenário tem causado o derretimento de geleiras e a chegada ao território de espécies marinhas de águas mais quentes, como a cavala, um tipo pequeno de peixe. As alterações no clima foram tão grandes que agora até mesmo os mosquitos viraram uma realidade.

Os pesquisadores explicam que as mudanças climáticas também vem ampliando a presença destes insetos em outras regiões. No Reino Unido, por exemplo, já foram encontrados ovos do mosquito-da-dengue (Aedes aegypti) e do tigre-asiático (Aedes albopictus), algo incomum até então.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.