Justiça determina julgamento de pastor por feminicídio e tentativa de homicídio em Capixaba

A decisão que determinou o julgamento foi assinada pelo juiz Bruno Perrota de Menezes

O pastor evangélico Natalino Nascimento Santiago, de 51 anos, será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri, acusado de ter assassinado a ex-esposa, Auriscléia Lima do Nascimento, além de tentar matar o filho do casal, de 14 anos, e agredir outro parente durante o mesmo episódio.

Atualmente, Natalino já cumpre pena por outros crimes no Complexo Penitenciário de Rio Branco/Foto: Reprodução.

A decisão que determinou o julgamento foi assinada pelo juiz Bruno Perrota de Menezes, da Vara Criminal de Capixaba, após o encerramento da fase de instrução e análise das provas. A data da sessão do júri ainda será definida pela Justiça nos próximos dias.

Segundo as investigações da Polícia Civil do Acre, o crime ocorreu em 11 de junho deste ano, no Polo de Assentamento Monte Alegre, na zona rural de Capixaba. Mesmo após o término do relacionamento, o acusado continuava tentando exercer controle sobre a rotina da ex-companheira e insistia em uma reconciliação.

Na manhã do crime, após mais uma discussão, ele teria atacado Auriscléia com golpes de terçado, causando sua morte. O filho e o cunhado da vítima tentaram impedir a agressão, mas também foram atingidos. O adolescente sofreu ferimentos graves, e Natalino fugiu para uma área de mata logo após o ataque.

Uma operação foi organizada para localizar o suspeito, com apoio da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). Ele foi capturado dois dias depois, nas proximidades do local onde o crime aconteceu, e desde então permanece preso.

O inquérito, conduzido pelo delegado Aldizio Neto, reuniu provas e depoimentos que confirmaram a autoria dos delitos. Natalino foi formalmente indiciado por feminicídio, tentativa de homicídio contra o filho e o ex-cunhado, além de já possuir condenações por outros dois homicídios, um deles envolvendo uma ex-companheira em Senador Guiomard e outro no bairro Palheiral, em Rio Branco.

Atualmente, o réu cumpre pena de 35 anos de prisão pelos crimes anteriores. Com a nova decisão judicial, ele voltará a ser julgado, desta vez pelas agressões cometidas em junho e pela morte da ex-esposa.