Influenciadora suspeita de ordenar tortura de ladrões de sua casa segue presa

Justiça manteve a prisão de Iza Paiva, investigada por envolvimento com o Comando Vermelho e por mandar punir homens que furtaram sua residência

A influenciadora digital Iza Paiva teve a prisão preventiva mantida pela Justiça de Porto Velho (RO), após audiência realizada na última semana. Ela é investigada por supostamente ordenar que integrantes de uma facção criminosa torturassem dois homens suspeitos de invadir e furtar sua casa.

Iza Paiva — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo o advogado de defesa, Samuel Costa, o juiz entendeu que há indícios suficientes para manter a prisão enquanto o caso segue em investigação. A defesa já apresentou um pedido de liberdade, alegando falta de provas concretas que justifiquem a permanência da influenciadora na cadeia.

De acordo com a Polícia Civil, Iza Paiva teria ligação direta com o Comando Vermelho (CV), mantendo “estreitos vínculos” com membros da facção. Ela estava fora do estado no momento do crime, mas, ao saber do furto, teria mandado localizar e punir os suspeitos, exigindo a devolução dos bens roubados.

“Ela agiu fora da lei, ignorando os caminhos legais e buscando justiça com as próprias mãos”, diz trecho de nota divulgada pela Polícia Civil.

A operação que resultou na prisão foi batizada de “Arur Betach”, expressão em hebraico que significa “maldito o que confia”. Além da prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis ligados à influenciadora.

Quem é Iza Paiva

Iza Paiva ficou conhecida nas redes sociais por exibir uma vida de luxo e ostentação, com vídeos mostrando viagens, carros caros e compras de alto valor. Em uma de suas publicações, aparece comprando uma moto aquática e exibindo dinheiro com a legenda: “Seja a mulher dos seus sonhos”.

Nas redes, acumulava milhares de seguidores e era figura frequente em festas e eventos, principalmente em Rondônia e no Amazonas.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Rondônia, que apura o envolvimento da influenciadora com o crime organizado e sua participação direta na ordem de tortura dos suspeitos.

Fonte: Polícia Civil de Rondônia / G1 Rondônia / Tribunal de Justiça de RO
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