A popularidade do presidente argentino Javier Milei atingiu seu nível mais baixo desde o início do mandato. Segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (24/10) pelo instituto AtlasIntel, 55,7% dos argentinos desaprovam a gestão do líder ultraliberal, enquanto apenas 39,9% a aprovam. Outros 4,4% não souberam responder.
A diferença de quase 15 pontos percentuais entre aprovação e rejeição é a maior registrada pela série histórica do instituto, refletindo o desgaste político e econômico do governo.
Mario De Fina/NurPhoto via Getty Images
🔹 Crise política e econômica
O levantamento mostra que 51,8% dos entrevistados consideram o governo “ruim” ou “muito ruim”. Entre os principais problemas apontados estão corrupção (50,8%), desemprego (33,2%) e inflação (30,8%).
Nos últimos meses, o governo Milei foi abalado por escândalos de corrupção, incluindo acusações envolvendo a irmã e principal assessora do presidente, Karina Milei. O cenário se agrava com o aumento do custo de vida e a insatisfação popular com as políticas de austeridade.
🔹 Desafio eleitoral
No domingo (26/10), a Argentina realiza eleições legislativas que definirão metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. O partido de Milei possui hoje apenas 37 deputados e seis senadores, o que dificulta a aprovação de suas reformas.
Apesar do apoio de investidores internacionais e do governo dos Estados Unidos — que firmou um acordo de estabilização cambial de US$ 20 bilhões —, Milei enfrenta forte resistência interna e crescente pressão social.
A pesquisa, feita com 6.526 eleitores entre 15 e 19 de outubro, tem margem de erro de um ponto percentual.
Fonte: AtlasIntel / Metrópoles Internacional
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