Clínica do Acre é condenada a indenizar mulher por cortar cabelo em excesso durante exame toxicológico

Ao reexaminar o caso, o desembargador Lois Arruda considerou que houve falta de cuidado por parte da clínica

Uma mulher será indenizada em R$ 2 mil por danos morais após ter parte do cabelo cortado em excesso durante a realização de um exame toxicológico em uma clínica do Acre. A decisão foi proferida pela 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado (TJAC).

A sentença foi assinada pela juíza Zenice Mota/Foto: Reprodução

O episódio ocorreu quando a paciente procurou o laboratório para realizar o exame exigido em um concurso público. Conforme os autos do processo, os profissionais retiraram uma quantidade desproporcional de cabelo, resultando em uma falha de aproximadamente seis centímetros no topo da cabeça.

Em primeira instância, o juiz havia entendido que o caso representava apenas um aborrecimento cotidiano, negando o pedido de indenização. A mulher recorreu da decisão, argumentando que o procedimento causou constrangimento, abalo emocional e prejuízo à sua autoestima.

Ao reexaminar o caso, o desembargador Lois Arruda considerou que houve falta de cuidado por parte da clínica. Segundo ele, o corte poderia ter sido realizado em uma área menos visível, como a nuca, o que teria evitado danos à imagem e à dignidade da paciente.