Juruá Informativo

“Chegaremos a um acordo”, diz Trump antes de reunião com Xi Jinping

A três dias de uma reunião com o líder chinês, Xi Jinping, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (27/10) que os dois países devem sacramentar um acordo comercial em breve, colocando um ponto final na guerra de tarifas envolvendo as duas maiores potências econômicas do mundo.

Em rápida conversa com jornalistas antes de embarcar no avião presidencial Força Aérea Um, rumo ao Japão, Trump fez elogios a Xi Jinping e demonstrou otimismo em relação ao avanço das negociações comerciais com Pequim.

“Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo”, afirmou Trump sobre o encontro marcado para quinta-feira (30/10). “A reunião com a China está chegando e será muito interessante”, completou o presidente dos EUA.

Acordo preliminar

As declarações de Trump aumentaram o otimismo dos investidores em relação a um possível acordo comercial entre EUA e China. Nesse domingo (26/10), o representante de Comércio Internacional da China, Li Chenggang, anunciou que Pequim e Washington teriam chegado a um entendimento “preliminar” após dias de conversas em Kuala Lumpur, na Malásia.

De acordo com informações da agência estatal de notícias Xinhua, o regime teria classificado as negociações com os norte-americanos como “construtivas”. “O próximo passo será que cada parte cumpra com seus respectivos procedimentos internos de aprovação”, afirmou o representante de comércio do governo da China.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou que Washington e Pequim têm “uma estrutura muito bem-sucedida de acordo para os líderes discutirem na quinta-feira”.

Segundo Bessent, o possível entendimento entre os dois países adiaria os controles de exportação anunciados previamente pela China e evitaria novas tarifas de 100% sobre os produtos chineses, como chegou a ser anunciado pelos EUA.

Escalada tarifária

A escalada tarifária entre as duas maiores economias do mundo levou a uma taxa de 145% aplicada pelos EUA sobre produtos chineses. Em retaliação, Pequim determinou tarifas de 125% contra os bens norte-americanos.

Em maio, os dois países entraram em acordo por uma “trégua” e reduziram as tarifas para 30% e 10%, respectivamente. O prazo para que esses percentuais sigam valendo é o dia 10 de novembro.

No entanto, no último dia 10, Trump ameaçou impor uma tarifa adicional de 100% à China a partir de 1º de novembro. A medida foi anunciada em resposta à restrição determinada por Pequim para terras raras, baterias de lítio e materiais superduros, insumos essenciais para a produção de eletrônicos e produtos tecnológicos.

Trump também criticou a decisão da China de suspender a compra de soja dos EUA.

Dias depois, o republicano admitiu que uma nova taxação de 100% sobre a China não era sustentável.

Sair da versão mobile