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Chefões do Comando Vermelho na mira: 64 mortos no Rio e o principal líder ainda está foragido

megaoperação Contenção, que deixou ao menos 64 mortos e mais de 80 presos nos complexos do Alemão e da Penha, nessa terça-feira (28/10), teve como foco principal desmantelar a alta cúpula do Comando Vermelho (CV).

A ação mobilizou 2,5 mil agentes civis e militares em um dos maiores cercos já realizados no Rio de Janeiro, mirando líderes responsáveis por coordenar ataques e expandir o domínio da facção em diferentes regiões do estado.

Arte/Metrópoles

No topo da lista estava Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca da Penha, considerado o principal líder do CV em liberdade. Apontado como o elo direto entre chefes presos e as operações de rua, Doca é investigado por envolvimento em mais de 100 homicídios e por comandar uma rede criminosa que movimenta o tráfico de drogas, armas, veículos e cargas.

Mesmo com o uso de blindados, helicópteros e cerco terrestre, ele conseguiu escapar pela área de mata. A recompensa por informações que levem à sua captura chega a R$ 100 mil.


A Penha: o centro de comando da facção

De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o Complexo da Penha se consolidou como o centro nervoso do Comando Vermelho por três motivos principais:

  1. Localização estratégica, com acesso rápido a vias expressas e rotas de fuga;

  2. Capacidade de comunicação e comando, permitindo coordenação simultânea de ações em várias regiões;

  3. Proteção natural oferecida pela geografia e urbanização das comunidades, que dificulta o avanço policial.


Quem é quem na cúpula do Comando Vermelho

Todos possuem mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro e continuam na lista de alvos prioritários da operação.


O desafio para o Estado

A fuga de Doca, mesmo sob uma das maiores operações da história, expõe o poder de articulação e mobilidade da facção, além das dificuldades de integração entre as forças de segurança estaduais e federais.

Fontes da inteligência policial afirmam que o CV mantém uma estrutura de comando descentralizado, com rotas de fuga previamente mapeadas e apoio logístico interestadual, o que dificulta a captura de suas principais lideranças.


Fonte: Metrópoles, O Globo, Agência Brasil
✍️ Redigido por ContilNet

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