O metabolismo é o conjunto de todas as reações químicas que ocorrem em um organismo para sustentar a vida. Ele converte alimentos e bebidas em energia que o corpo usa para respirar, se movimentar, se curar e realizar todas as funções vitais.

Por conta disso, estudar de forma aprofundada como ocorre estre processo pode ajudar na busca de novos tratamentos para doenças como o câncer. E é justamente esse o objetivo de um novo centro da Universidade de São Paulo (USP).

• O Centro de Metabolismo (CoMeta) vai custar cerca de R$ 50 milhões.
• O espaço contará com dois andares e 2.500 metros quadrados de área construída.
• A ideia é reunir num mesmo local os quatro grupos de pesquisa que já trabalham com metabolismo em diferentes unidades da USP.
• Além disso, outros grupos serão selecionados para se juntar à iniciativa no futuro.
• O novo centro também contará com uma central analítica, equipada com instrumentos de última geração.
• Além disso, terá um biotério para animais de pesquisa e diversas salas dedicadas à cultura de células, microscopia e outras especialidades.
• Ainda é necessário aprovar o projeto executivo da obra, mas a expectativa é que a construção comece já nos próximos meses.
• Não foi divulgada uma previsão de inauguração do espaço.

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Pesquisas podem ajudar na criação de novos tratamentos

Segundo informações do Jornal da USP, um dos focos do novo espaço será a identificação de processos metabólicos que sejam vitais para parasitas. O objetivo é desenvolver drogas capazes de matar os invasores, sem prejudicar seus hospedeiros. Isso pode criar novas formas de combate contra a doença de Chagas e a leishmaniose, por exemplo.

Os pesquisadores também irão realizar pesquisas sobre o metabolismo da nutrição. A ideia deste grupo é estudar como o nosso organismo processa, utiliza e armazena a energia presente nos alimentos e os impactos disso na saúde. Haverá também espaço para pesquisas sobre alterações metabólicas associadas ao câncer.

É muito difícil um pesquisador ser capaz de fazer tudo isso sozinho, por isso que ter um centro com especialistas de vários tipos e níveis diferentes trabalhando juntos é muito interessante. A gente já troca ideias e conversa bastante, mas não é a mesma coisa que estar debaixo do mesmo teto.

Alicia Kowaltowski, professora da USP e coordenadora do projeto que dará ao origem ao CoMeta