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Acre entra em nível de alerta por SRAG; rinovírus é o principal responsável, diz Fiocruz

O Acre tem registrado um aumento expressivo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com maior incidência entre crianças e adolescentes, conforme aponta o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (23). O levantamento indica que o rinovírus continua sendo o principal agente responsável pelo avanço da doença no estado, especialmente entre os grupos mais jovens.

O levantamento indica que o rinovírus continua sendo o principal agente responsável pelo avanço da doença no estado: Foto/Reprodução

De acordo com a análise da Semana Epidemiológica 42, que corresponde ao período de 12 a 18 de outubro, o Acre figura entre os seis estados brasileiros em nível de alerta, risco ou alto risco de incidência da SRAG. A lista inclui ainda Pará, Roraima, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Tocantins. O boletim, parte do sistema de vigilância do Sistema Único de Saúde (SUS), serve como referência para ações de prevenção e controle de surtos respiratórios.

Em Rio Branco, os dados revelam maior concentração de casos, com crescimento nas internações de crianças e adolescentes de até 14 anos. A capital acreana é uma das seis cidades brasileiras que apresentam tendência de aumento da SRAG nas últimas semanas — ao lado de Aracaju (SE), Belém (PA), Cuiabá (MT), Palmas (TO) e São Paulo (SP).

Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, coordenadora do InfoGripe, o panorama atual no Acre mantém o mesmo padrão das semanas anteriores. Ela enfatiza que a vacinação segue sendo a principal ferramenta de proteção contra os quadros graves e óbitos provocados tanto pelo rinovírus quanto por outros vírus respiratórios.

O relatório também destaca a necessidade de atenção redobrada em Rio Branco, onde a maioria das hospitalizações envolve o público infantil e adolescente. As autoridades de saúde reforçam a importância de manter o calendário vacinal atualizado e de intensificar medidas preventivas em escolas e unidades de saúde, para conter a propagação da doença.

Enquanto o Acre lida com o aumento impulsionado pelo rinovírus, outras partes do país apresentam cenários distintos. No Norte, estados como Amazonas e Roraima, e nas regiões Sul e Sudeste, o avanço da SRAG está relacionado a outros vírus, como o influenza A e a Covid-19, que apresentam comportamentos variados de crescimento.

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