Objetivo é usar a experiência de quem atua no combate às queimadas para tornar as ações de prevenção mais eficientes

Imagem: Anna.zabella/Shutterstock

Um dos efeitos das mudanças climáticas é a maior ocorrência e intensidade de incêndios florestais. Com grandes espaços verdes, especialmente na região da Amazônia, o Brasil é particularmente afetado pelo problema.

Neste cenário, um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) busca analisar as causas da rapidez e do vigor com que o fogo tem se espalhado. E dá importância aos relatos de quem combate as chamas.

incendio florestal portugal
Incêndios florestais estão cada vez mais frequentes (Imagem: ico_k-pax/iStock)

Queimadas estão avançando pelo território brasileiro

De acordo com o INPE, em 2024, 246 mil quilômetros quadrados foram destruídos por incêndios florestais, uma área equivalente ao estado de São Paulo. Quase a metade dos focos se concentrou na Amazônia. 

No estado do Amazonas, a área queimada passou de 9 mil quilômetros quadrados. Já no Pará, ultrapassou os 36 mil quilômetros quadrados. Esta foi a maior área destruída pelo fogo nos dois estados desde o início da série histórica em 2002.

queimadas
Em 2024, 246 mil quilômetros quadrados foram destruídos por incêndios florestais no Brasil (Imagem: Toa55/Shutterstock)

Nesse último relatório, a gente contabilizou que as mudanças climáticas podem ter amplificado em até 30 vezes a extensão da área queimada aqui na América do Sul. Infelizmente, a gente vê que o fogo vem ganhando espaço, literalmente, aumentando a sua extensão nas regiões mais úmidas do país.

Liana Anderson, pesquisadora do Inpe

Leia mais

homem combate incêndio em terra indígena
Experiência de quem atua contra as chamas está sendo levada em conta (Foto: João Stangherlin/Ibama)

Importância dos relatos de brigadistas e voluntários

  • O trabalho também cruzou, pela primeira vez, dados de satélite com relatos de quem combate as chamas.
  • Ao longo de 2024, quase 81 mil pessoas entre bombeiros, brigadistas e voluntários atuaram na luta contra os incêndios. 
  • A ideia é usar a experiência de quem se arrisca nestas ocorrências para deixar as ações de prevenção mais eficientes.
  • De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a contratação de brigadistas ajudou a reduzir em 72% as áreas degradadas neste ano.
  • As informações são do G1.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.