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Windows 10 chega ao “fim”; qual legado ele deixa?

Windows 10 chega ao “fim”; qual legado ele deixa?

A Microsoft encerrou, nesta terça-feira (14), o suporte oficial ao Windows 10, quase dez anos após o lançamento do sistema operacional, em 29 de julho de 2015.

A decisão marca o fim das atualizações de segurança, assistência técnica e melhorias de software para milhões de usuários e empresas que ainda utilizam o sistema. Apesar do corte, o Windows 10 continua sendo amplamente popular: segundo a StatCounter, cerca de 40% dos usuários de Windows ainda estão nessa versão.

O Windows 11 ultrapassou o antecessor em participação apenas há alguns meses, o que evidencia a resistência dos usuários à migração. Mesmo assim, a Microsoft manteve a decisão de encerrar o suporte.

Pessoa segurando celular com logotipo da Microsoft na tela na frente de outra tela, esta grande, exibindo ilustração de chip de inteligência artificial (IA)
Microsoft enxerga a inteligência artificial (IA) como o futuro do Windows, mas há quem é cético quanto a isso (Imagem: Mijansk786/Shutterstock)

No ano passado, a empresa chegou a reabrir o programa de testes beta do Windows 10 e adicionar novos recursos, o que levou muitos a acreditarem que haveria uma prorrogação do prazo ou uma flexibilização dos requisitos do Windows 11 – o que não ocorreu.

Ainda assim, a Microsoft oferecerá atualizações de segurança estendidas por mais um ano, gratuitamente, para consumidores. O programa, antes restrito a empresas, indica que a companhia reconhece a popularidade duradoura do sistema operacional decenário. Para organizações, haverá opção de adquirir até três anos adicionais de suporte.

Por que as pessoas resistem em deixar o Windows 10?

Segundo Tom Warren, do The Verge e especialista quando o assunto é Microsoft, os usuários e empresas resistem a abandonar o sistema operacional decenário pelas seguintes questões:

Muitos não atualizaram para o Windows 11 por questões de incompatibilidade de hardware (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

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O encerramento do suporte ao sistema operacional ocorre em meio à transição da Microsoft para um ecossistema mais centrado em inteligência artificial (IA).

O Windows 11 recebeu uma série de recursos integrados ao Copilot e aos novos computadores Copilot Plus, voltados para tarefas de IA. Entre eles, estão o recurso Recall – que tira capturas de tela automáticas de atividades do usuário – e o Copilot Vision, ambos cercados por preocupações com privacidade.

Warren explica que, embora a Microsoft veja a IA como o futuro do Windows, muitos consumidores permanecem céticos.

Críticas têm se concentrado em recursos considerados pouco úteis, como a geração automática de imagens no Paint, e na insistência da empresa em promover o navegador Edge, o mecanismo de busca Bing e serviços, como OneDrive, Office e Game Pass diretamente no sistema.

O Windows 10 foi amplamente visto como um dos melhores lançamentos da Microsoft, recuperando a confiança dos usuários após o impopular Windows 8, que, coincidentemente, sucedeu outro grande acerto da gigante do Vale do Silício: o Windows 7. O sistema foi moldado a partir do feedback da comunidade e consolidou-se como uma das versões mais estáveis e bem recebidas, ao lado do já citado Windows 7 e do Windows XP.

Sistema operacional decenário se juntou à galeria de “obras-primas” da Microsoft, que também conta com XP e 7 (Imagem: g0d4ather/Shutterstock)

Com o encerramento do suporte, cresce a expectativa em torno do sucessor – possivelmente o Windows 12 –, que poderá ser lançado dentro do período de suporte estendido. Warren diz que a dúvida, agora, é se a próxima geração conseguirá repetir o sucesso do Windows 10, equilibrando inovação com a simplicidade e estabilidade que tornaram o sistema tão popular.

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