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A Nvidia iniciou nesta quarta-feira (15) as vendas do DGX Spark, descrito pela empresa como o “menor supercomputador de IA do mundo”. O modelo promete desempenho de centro de dados em um formato compacto o bastante para caber sobre uma mesa.
Voltado a desenvolvedores, cientistas e estudantes, o DGX Spark chega ao mercado como um sistema projetado para treinar e executar modelos avançados de inteligência artificial localmente, sem depender de infraestrutura em nuvem. O equipamento estará disponível no site da Nvidia e em lojas selecionadas nos Estados Unidos, por US$ 3.999 (cerca de R$ 21,8 mil).
Potência de supercomputador em formato compacto
O novo dispositivo é alimentado pelo GB10 Grace Blackwell Superchip, um processador que combina uma CPU Arm de 20 núcleos com uma GPU baseada na arquitetura Blackwell, equipada com os mesmos núcleos CUDA da placa RTX 5070. Segundo a Nvidia, essa configuração pode atingir até 1.000 trilhões de operações por segundo, desempenho equivalente a um petaflop de poder computacional.
A companhia afirma que o DGX Spark pode lidar com modelos de até 200 bilhões de parâmetros, tornando-se uma ferramenta prática para quem desenvolve aplicações de IA generativa, simulações robóticas e inferência de modelos complexos. O sistema conta ainda com 128 GB de memória LPDDR5x unificada e até 4 TB de armazenamento NVMe SSD, além de suporte à tecnologia NVLink-C2C, que oferece cinco vezes mais largura de banda que o PCIe Gen 5, melhorando a troca de dados entre CPU e GPU.
Em 2016, criamos o DGX-1 para dar aos pesquisadores de IA o seu próprio supercomputador. Eu mesmo entreguei o primeiro sistema ao Elon [Musk], em uma pequena startup chamada OpenAI — e foi a partir dele que surgiu o ChatGPT, dando início à revolução da IA. O DGX-1 marcou o começo da era dos supercomputadores de IA e revelou as leis de escala que impulsionam a IA moderna.
Jensen Huang, fundador e CEO da NVIDIA
Ferramentas integradas e foco em portabilidade
Pesando apenas 1,2 kg, o DGX Spark é pequeno o suficiente para caber em uma mochila e pode ser ligado em uma tomada comum, o que reforça a proposta de acesso local à computação de IA de alto desempenho. O sistema roda o DGX OS, versão customizada do Ubuntu Linux que vem pré-instalada com ferramentas e bibliotecas da própria Nvidia para desenvolvimento de IA.
A empresa destaca que o Spark é compatível com seus modelos base Cosmos Reason e GR00T N1, usados em aplicações de raciocínio e robótica. Ele também pode se conectar a ambientes como o DGX Cloud, facilitando a migração de projetos entre desktop e data centers sem grandes ajustes de código.
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Linha expandida e foco em democratizar a IA
Além do Spark, a Nvidia prepara o lançamento do DGX Station, uma versão de mesa de maior porte equipada com o chip GB300 Grace Blackwell Ultra. O modelo ainda não tem data nem preço confirmados, mas será lançado em parceria com Asus, Boxx, Dell, HP e Supermicro, segundo informações do Interesting Engineering.
Com o DGX Spark, a empresa busca tornar o desenvolvimento de IA mais acessível para laboratórios menores e pesquisadores independentes. “Colocar um supercomputador de IA na mesa de cada cientista, pesquisador e estudante os capacita a participar e moldar a era da inteligência artificial”, disse Jensen Huang, CEO da Nvidia, em anúncio anterior.