Material ultracondutor de calor promete reduzir o consumo de energia e prolongar a vida útil dos processadores de IA

Imagem: Byjeng/Shutterstock

Com a corrida global por modelos de inteligência artificial mais potentes, os data centers estão consumindo quantidades recordes de eletricidade – e desperdiçando boa parte dela como calor.

A dissipação ineficiente de energia é hoje um dos maiores desafios da computação de alto desempenho, reduzindo a eficiência e encurtando a vida útil dos chips.

Pesquisadores e engenheiros acreditam que o diamante pode oferecer a solução, como mostra uma matéria do New York Times. Além de ser o material mais duro da Terra, ele também é o melhor condutor de calor conhecido, transferindo energia térmica até cinco vezes mais rápido que o cobre.

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Propriedades térmicas do diamante sintético podem ser a resposta para resfriar data centers – Imagem: Morozov Alexey/Shutterstock

Películas de diamante resfriam chips

  • Empresas como a Diamond Foundry, nos Estados Unidos, e a Element Six, ligada à De Beers, estão desenvolvendo camadas ultrafinas de diamante sintético para resfriar chips e eliminar os “pontos quentes” que limitam o desempenho dos processadores.
  • Essas películas de diamante monocristalino podem dissipar o calor quase instantaneamente, aumentando a durabilidade e a velocidade dos chips.
  • No entanto, o custo e a complexidade de fabricação ainda representam um desafio – especialmente para integrar o material ao silício em temperaturas seguras.
Os diamantes comuns têm seus átomos em uma estrutura cubica. No novo experimento, pesquisadores sintetizaram uma versão com estrutura hexagonal encontrada apenas em meteoros.
Diamantes sintéticos podem revolucionar o design dos processadores e reduzir o enorme desperdício de energia nos data centers (Imagem: New África / Shutterstock)

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Pesquisas para tornar o avanço possível

Pesquisas conduzidas por universidades como Stanford e programas da DARPA (agência do Departamento de Defesa dos EUA, responsável por financiar pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a segurança nacional) buscam superar essas barreiras.

Se bem-sucedidas, essas inovações podem inaugurar uma nova era da computação com chips mais frios, rápidos e energeticamente eficientes, capazes de sustentar o avanço da IA em escala global.

O diamante promete ser o material chave para resfriar chips de IA (Imagem: IM Imagery/Shutterstock)

Leandro Costa Criscuolo

Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Layse Ventura

Editor(a) SEO

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Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.