VÍDEO: momento da prisão de chefe de facção que expulsava famílias na Cidade do Povo é registrado

A ação, batizada de “Operação Redentor”, foi registrada em vídeo e mostra o instante em que o suspeito é surpreendido e detido pelos agentes

A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), realizou nesta terça-feira (7) a prisão de D. C. de C., conhecido pelo apelido “Salomão”, apontado como líder de uma facção criminosa que atua no Conjunto Habitacional Cidade do Povo e em áreas próximas, em Rio Branco.

Durante a ofensiva, os policiais também encontraram R. de A. Lima, um homem monitorado por tornozeleira eletrônica que dava abrigo ao criminoso: Foto/Reprodução

A ação, batizada de “Operação Redentor”, foi registrada em vídeo e mostra o instante em que o suspeito é surpreendido e detido pelos agentes.

Durante a ofensiva, os policiais também encontraram R. de A. Lima, um homem monitorado por tornozeleira eletrônica que dava abrigo ao criminoso. No imóvel, foi apreendida uma metralhadora calibre 9mm, equipada com dois carregadores, mira laser e telefones celulares.

De acordo com o delegado Alcino Júnior, titular da DHPP, a operação foi resultado de meses de investigação com o objetivo de conter ações de coação em processos de homicídio que tramitam na Vara do Júri.

“Essa operação é resultado de uma investigação que objetivava primeiro fazer cessar uma coação no curso do processo, perpetrada por um cidadão de apelido Salomão. Ele substituiu a liderança da organização criminosa que atuava na Cidade do Povo e, a partir daí, passou a exercer extorsões em comércios e residências, expulsar moradores e vender imóveis para financiar a facção”, explicou.

A Polícia Civil destacou que a arma apreendida chama atenção pela forma como foi produzida: trata-se de uma metralhadora confeccionada com tecnologia de impressora 3D, que pode receber silenciador, luneta e outros acessórios.

“É uma apreensão de grande relevância, porque demonstra o poderio bélico da organização criminosa”, reforçou o delegado.

As investigações apontam que, após a prisão de “Nenem” no início de 2025, “Salomão” assumiu o comando da facção na região, coordenando extorsões, expulsões de famílias e crimes de homicídio.

Moradores relataram ter sido obrigados a deixar suas residências, e em situações de resistência, as casas eram incendiadas. Muitos só se sentiram seguros para prestar depoimento após sair do estado, temendo represálias.

“Foi uma prisão importante porque retira essa liderança que protagoniza diversos crimes com um viés miliciano, trazendo um alento à população daquela área”, concluiu Alcino Júnior.

A Polícia Civil informou que as investigações continuam e que novos envolvidos na organização criminosa deverão ser identificados e presos nos próximos dias.

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