Chamado de SHIELD, ele é capaz de identificar o ataque e implementar um protocolo de recuperação, garantido que o drone continue operando
Os drones têm se mostrado bastante eficazes para a realização das mais diversas tarefas. Eles podem ser utilizados, por exemplo, para a entrega de mercadorias ou até mesmo como arma durante missões militares.
Independente do uso, no entanto, os dispositivos podem ser alvos de ataques cibernéticos, o que simplesmente inviabiliza qualquer operação. Um problema que um novo sistema de defesa promete solucionar.

Sistema SHIELD capta pistas sutis de atividades maliciosas
- Pesquisadores de segurança cibernética da Florida International University desenvolveram uma série de contramedidas para impedir que hackers interrompam as operações com drones.
- A tecnologia, chamada SHIELD, capta pistas sutis de atividades maliciosas.
- Em seguida, identifica o tipo de ataque – mesmo os mais furtivos que muitas vezes passam despercebidos – antes de iniciar um processo de recuperação específico.
- Os resultados foram descritos em estudo apresentado na Conferência Internacional IEEE/IFIP sobre Sistemas e Redes Confiáveis.
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Tecnologia usa IA para proteger drones
Tradicionalmente, a detecção de ataques cibernéticos é feita a partir de sensores que ajudam os drones a voar com segurança. Mas esses sistemas podem ser facilmente manipulados. Os hackers podem, por exemplo, transmitir coordenadas falsas para induzir o dispositivo a seguir uma trajetória diferente. Ataques cibernéticos sofisticados, por outro lado, focam no sistema de controle ou atuação, infiltrando um malware no hardware do equipamento.
O sistema SHIELD é um recurso valioso contra qualquer uma dessas tentativas. Ele detecta anormalidades não apenas nos sensores, mas também no hardware. Até mesmo picos repentinos na energia da bateria ou processadores sobrecarregados, que são fortes indicadores de que um ataque está em andamento, são analisados pelo sistema.
Segundo os pesquisadores, modelos de aprendizado de máquina de inteligência artificial foram treinados para detectar anormalidades nos dados, classificar o ataque e implementar um protocolo de recuperação. Nos testes, tudo isso aconteceu em menos de um segundo. O tempo médio de detecção foi de 0,21 segundos e a recuperação de 0,36 segundos.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.