Jensen Huang chama acordo bilionário de “criativo” e diz que rival entregou 10% da empresa antes mesmo de lançar seu novo chip
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O CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou estar surpreso com a decisão da AMD de oferecer até 10% de participação à OpenAI como parte de uma parceria avaliada em bilhões de dólares.
Em entrevista à CNBC, Huang classificou o movimento como “criativo e único”, mas observou que a empresa “doou 10% antes mesmo de construir seu produto de próxima geração”.
O acordo entre AMD e OpenAI, anunciado nesta semana, prevê a compra de 6 gigawatts em chips de IA, incluindo a série MI450, e concede à OpenAI garantias sobre até 160 milhões de ações da AMD, dependendo do desempenho das implantações e do preço das ações.
Caso exerça a opção integral, a OpenAI poderá deter cerca de 10% da AMD. O mercado reagiu positivamente: as ações da AMD subiram 35% na semana, enquanto as da Nvidia avançaram 3%.

- Huang aproveitou para comparar o negócio com o da Nvidia, que anunciou planos de investir US$ 100 bilhões na construção de data centers da OpenAI nos próximos dez anos.
- Segundo ele, o acordo da Nvidia é “muito diferente”, pois envolve vendas diretas de GPUs para a startup.
- Ainda assim, o executivo reconheceu que a OpenAI precisará levantar recursos adicionais para financiar o projeto.
- Além da OpenAI, a Nvidia também está investindo em outras empresas do ecossistema de IA, como a xAI, de Elon Musk, e a CoreWeave, operadora de data centers. Huang afirmou estar “muito animado” com as oportunidades e brincou que “quase tudo em que Elon participa, você quer participar também”.
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Demanda alta e desafio energético
O CEO destacou que a demanda por computação explodiu nos últimos seis meses, impulsionada por modelos de IA cada vez mais avançados, e que a nova geração de chips Blackwell está no centro dessa “nova revolução industrial”.
Huang ainda alertou que o setor enfrenta um desafio energético sem precedentes: os 10 gigawatts necessários para os projetos da OpenAI equivalem ao consumo anual de 8 milhões de lares nos EUA.
Ele defendeu o investimento em fontes alternativas de energia, como gás natural e, futuramente, energia nuclear, para sustentar o crescimento da inteligência artificial.
Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.