Segundo estudo, isso aumenta as chances dos pacientes sofrerem AVC, infarto, além de problemas renais e cardíacos

Imagem: PeopleImages/Shutterstock

hipertensão, também conhecida como pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Este cenário força o coração a trabalhar mais e aumenta o risco de AVC, infarto e problemas renais e cardíacos.

Mudanças no estilo de vida e medicamentos são opções para combater o problema. No entanto, a maioria dos brasileiros hipertensos não segue corretamente os tratamentos, segundo um estudo nacional sobre o tema.

Hipertensão é um grave problema de saúde no Brasil (Imagem: Chompoo Suriyo/Shutterstock)

Pesquisa nacional abordou o tema

  • O trabalho analisou 2.578 pacientes de todas as regiões do Brasil.
  • Eles foram observados ao longo de quase dois anos.
  • Os participantes foram submetidos à chamada escala de Morisky-Green, questionário validado internacionalmente e de baixo custo.
  • Ele é composto de quatro perguntas que investigam se o paciente esquece, descuida ou interrompe a medicação.
  • Segundo os pesquisadores, foi identificado que quase 60% dos brasileiros com hipertensão não aderem ao tratamento prescrito.
  • As informações são do Jornal da USP.

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Remédios são fundamentais para conter a pressão arterial (Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock)

Hipertensão é uma das principais causas de morte no Brasil

A equipe responsável pelo tratamento afirma que os resultados evidenciam um cenário preocupante. Para ele, muitas pessoas simplesmente não levam a sério o tratamento, apesar dos riscos de saúde envolvidos.

A sugestão apresentada pelos cientistas é que as autoridades brasileiras exijam a aplicação de testes como o Morisky rotineiramente nas consultas médicas. Essa simples mudança poderia evitar agravamentos de quadros de saúde de muitos pacientes.

Cenário aumenta riscos de complicações de saúde (Imagem: Africa Studio/Shutterstock)

A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que cerca de 400 mil pessoas morram anualmente no Brasil por doenças cardiovasculares, sendo a hipertensão uma das principais causas destes problemas. Além do diagnóstico precoce, o uso correto das medicações é essencial para evitar as complicações.

Lembrando que uma nova diretriz apresentada no mês de setembro, durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, reclassifica como pré-hipertensão os valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica). Isso significa que o patamar, antes considerado normal, agora pode representar riscos à saúde.

Alessandro Di Lorenzo

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.