O Ministério Público Federal do Amazonas realiza audiências até esta terça-feira (7) para discutir os impactos sociais e ambientais do garimpo ilegal no estado. Especialistas vão coletar informações e propostas para embasar a atuação da procuradoria no combate à atividade criminosa.
Participam do encontro organizações como Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Comando Militar do estado, além de universidades, como a federal e a estadual do Amazonas, e associações como WWF e Greenpeace Brasil.
Consequências do garimpo
Entre os problemas mais graves do garimpo ilegal está a contaminação de água e solos por mercúrio. Estudos da Fundação Oswaldo Cruz mostram que os níveis de mercúrio em peixes consumidos na Amazônia estão 21% acima do limite permitido.
Em algumas regiões, como no rio Madeira, a contaminação é 200% acima do aceitável pela Organização Mundial de Saúde. Na comunidade Yanomami de Maturacá, por exemplo, um levantamento encontrou mercúrio em mais da metade das mulheres e crianças.
As audiências para debater esses e outros problemas associados ao garimpo ilegal acontecem de forma online, nesta segunda e terça-feira, pela plataforma Zoom. Metade das vagas são reservadas para representantes indígenas e quilombolas.