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Conheça a história da mãe de Ed Gein, o “Monstro” de série da Netflix

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Conheça a história da mãe de Ed Gein, o “Monstro” de série da Netflix

A Netflix lançou na última sexta-feira (3/10) a terceira temporada de Monstros, série que retrata a vida de criminosos que marcaram a história dos Estados Unidos. Composta por oito episódios, Monstro: A História de Ed Gein mergulha nos crimes cometidos pelo serial killer que inspirou diversos filmes de terror.

Uma das figuras centrais da produção é Augusta Wilhelmine Lehrke, mãe de Ed Gein. Nascida em 1878 no México, Augusta era uma entre os oito filhos de uma família de imigrantes alemães da Prússia.

A vida da família era profundamente influenciada pela religião, com uma fé rígida e conservadora. Segundo suas crenças, todos os seres humanos eram consumidos pelo pecado e corrompidos por desejos imorais. Em sua visão, todos estavam condenados ao inferno.

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Monstro: The Ed Gein Story

Divulgação

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Cena de Monstro: A História de Ed Gein

Divulgação/Netflix

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Cena de Monstros: A História de Ed Gein

Divulgação/Netflix

De acordo com informações do All That’s Interesting, Augusta casou-se aos 22 anos e se mudou para Wisconsin com o marido. Dois anos depois, o casal teve o primeiro filho, Henry George Gein.

Henry trabalhou em diversos empregos ao longo da vida, mas seu alcoolismo o impediu de manter qualquer posto por muito tempo. Com o passar dos anos, Augusta desenvolveu um crescente ódio pelo marido. Porém, devido às rígidas crenças religiosas, não podia se divorciar. Mesmo assim, ela ainda nutria o desejo de ter uma filha.

Em 1906, o casal teve o segundo filho, Edward Theodore Gein — o Ed Gein. Apesar da frustração por não ter tido a filha que tanto desejava, a matriarca decidiu criar o filho de forma excessivamente protetora e autoritária.

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Em 1915, a família se mudou para a pequena cidade rural de Plainfield, após Augusta acreditar que sua casa anterior era um “antro de pecado”. Na nova fazenda, ela impôs regras severas, proibindo os filhos de sair de casa, exceto para ir à escola.

Dificuldade em fazer amigos

Ed Gein enfrentava grandes dificuldades para fazer amigos na escola, o que frequentemente resultava em punições por parte de sua mãe. Além disso, ele era frequentemente agredido pelo pai, que se irritava com o choro do filho diante das constantes provocações dos valentões da escola.

Augusta também incutiu nos filhos um profundo desprezo pelas mulheres, ensinando que elas eram instrumentos do diabo. Para ela, o sexo era visto como algo imoral e pecaminoso. Aos 12 anos, ela flagou Ed se masturbando na banheira e, em resposta, agarrou os órgãos da criança e disse que era a “maldição do homem”.

Como prova de devoção, Augusta também pediu que os filhos continuassem virgens, convencendo-os de que o sexo os levaria à condenação.

Crimes de Ed Gein

Ed Gein viveu totalmente apegado à mãe. Quando ela morreu, em 1945, ele ficou sozinho na fazenda da família, o que se tornou ponto de partida para os crimes que ele cometeu.

Entre 1954 e 1957, Gein matou pelo menos duas mulheres: Mary Hogan, dona de um bar local, e Bernice Worden, proprietária de um armazém na cidade de Plainfield. Mas o que chocou os Estados Unidos foi o que a polícia encontrou ao investigar sua casa: móveis e utensílios feitos com restos humanos.

A residência era composta por cadeiras revestidas de pele, tigelas feitas de crânios, máscaras confeccionadas com rostos de mulheres e até um abajur montado com uma face humana.

As autoridades descobriram também que ele desenterrava cadáveres de mulheres que lembravam sua mãe e usava partes dos corpos para “reconstruí-la”, como se tentasse trazê-la de volta à vida.

Preso em 1957, o assassino foi considerado mentalmente incapaz de responder pelos crimes e enviado para um hospital psiquiátrico de segurança máxima. Em 1968, foi considerado apto a ir a julgamento e declarado culpado pela morte de Bernice Worden.

Mesmo assim, o tribunal o classificou como inimputável por insanidade. Ele passou o restante da vida internado em instituições para criminosos com distúrbios mentais, até morrer em 1984, aos 77 anos.

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