Ministério da Saúde autorizou o uso dos robôs em procedimentos contra o câncer de próstata clinicamente avançado

Imagem: Zapp2Photo/shutterstock

O uso de robôs para a realização de cirurgias não é mais algo restrito aos filmes de ficção científica. A prática tem sido aperfeiçoada nos últimos anos e já está sendo utilizada por profissionais médicos em alguns países do mundo.

Essa já é uma realidade, inclusive, em algumas partes do Brasil. Mas agora o Ministério da Saúde autorizou o uso dos dispositivos robóticos em procedimentos contra o câncer de próstata clinicamente avançado.

Representação de mãos de robô realizando uma cirurgia
Robôs já são utilizados para realizar cirurgias (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Medida abre caminho para utilização dos dispositivos no SUS

Segundo informações da Agência Brasil, uma portaria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Sectics) incorporou no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) a prostatectomia radical assistida por robô.

O documento prevê que as áreas técnicas terão o prazo máximo de 180 dias para efetivar a oferta da tecnologia. Deverá constar também o relatório de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Não foi informado um prazo para que o serviço seja disponibilizado no SUS (Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Os próximos passos para que a cirurgia robótica esteja amplamente disponível nos hospitais conveniados ao SUS incluem a definição de protocolos, de centros de referência e treinamento das equipes com foco na garantia de segurança e qualidade dos procedimentos.

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Prostatectomia tem objetivo eliminar o tumor e reduzir o risco de recorrência (Imagem: R Photography Background/Shutterstock)

Cirurgia é eficaz para o câncer de próstata

  • A prostatectomia radical é uma cirurgia para remover a próstata e as vesículas seminais.
  • Nesse procedimento, a próstata é removida completamente, juntamente com os tecidos ao seu redor, como as vesículas seminais.
  • Em alguns casos, os linfonodos pélvicos também são retirados.
  • O objetivo é eliminar o tumor e reduzir o risco de recorrência.
  • A técnica é considerada um tratamento eficaz para o câncer de próstata, principalmente em estágios iniciais. 

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.