Pesquisadores canadenses convertem rim do tipo A em tipo O, reduzindo riscos de rejeição e filas de espera
Pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), no Canadá, alcançaram um marco inédito ao realizar o primeiro transplante humano de um rim convertido do tipo sanguíneo A para o tipo universal O.
A técnica usa enzimas especiais capazes de “apagar” os antígenos que determinam o tipo sanguíneo, reduzindo drasticamente o risco de rejeição.
O procedimento foi testado em um receptor com morte cerebral e funcionou bem nos dois primeiros dias, sem sinais de rejeição imediata. Embora alguns marcadores tenham retornado no terceiro dia, a resposta foi bem menos agressiva do que o esperado, indicando potencial de tolerância do organismo.
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Impacto para pacientes
Mais da metade dos pacientes que aguardam um transplante renal pertencem ao grupo O, que só pode receber rins do mesmo tipo — fator que prolonga a espera em até quatro anos e leva milhares à morte antes de conseguir um órgão.
Com a nova técnica, rins de outros tipos poderiam ser convertidos em O, ampliando significativamente a oferta disponível.
Próximos passos
- A descoberta, publicada na Nature Biomedical Engineering, abre caminho para testes clínicos regulatórios.
- A Avivo Biomedical, spin-off da UBC, será responsável por avançar na aplicação da tecnologia, que também pode ser usada para criar sangue universal sob demanda.
- Nos Estados Unidos, quase 90 mil pessoas aguardam um transplante de rim, e 11 morrem por dia na fila. A técnica traz esperança de salvar milhares de vidas.
Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
