Observatórios detectaram um asteroide de 2 m que cruzou a Terra na última terça (30), em altura próxima à da Estação Espacial Internacional

O asteroide 2025 TF passou a apenas 420 km da Terra na virada do dia 30 de setembro para 1° de outubro de 2025. (Imagem: NASA/CNEOS)

Um pequeno asteroide chamado 2025 TF passou de surpresa próximo à Terra na noite da última terça-feira (30). Com tamanho estimado em dois metros, essa rocha espacial atravessou a cerca de 400km do solo terrestre, uma altura aproximada à da Estação Espacial Internacional.

Segundo o portal The Watchers, pesquisadores descobriram o asteroide algumas horas após sua passagem. Diversos observatórios ao redor do globo observaram o sobrevoo.

Em um comunicado, o Minor Planet Center, uma organização responsável por coletar e divulgar dados de pequenos corpos, como asteroides e cometas, anunciou que o programa de monitoramento Catalina Sky Survey foi o primeiro a detectar 2025 TF às 2h35 EDT (3h35 no horário de Brasília) da quarta-feira (1).

A NASA, no entanto, não publicou um comunicado oficial sobre o evento. Em seu painel de dados, o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) do Laboratório de Propulsão a Jato da agência, registrou que a distância provável para a passagem do asteroide foi de 6.780 km do centro da Terra, cerca de 423 km acima da superfície terrestre.

Confira a animação da passagem de 2025 TF abaixo:

(O vídeo é uma produção da NASA/jPL-Caltech e foi enviado ao portal Space.com)

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Embora tenha se aproximado, 2025 TF não superou o asteroide 2020 TF, que passou a cerca de 370km de altitude em 2020. Na época, a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que telescópios só detectaram o objeto espacial quando ele já havia passado e a Terra estava em segurança.

“Este pequeno asteroide de cerca de 10 metros tinha acabado de sobrevoar o Oceano Pacífico Sul a uma distância de menos de 400 km da superfície. De longe o asteroide não impactante mais próximo já observado no espaço”, registrou a ESA.

Rochas espaciais pequenas como 2025 TF são difíceis de se detectar, principalmente porque os telescópios ao redor do globo estão calibrados para captar objetos maiores. A NASA, por exemplo, está alerta para asteroides gigantes que podem colidir com nosso planeta. Com os avanços tecnológicos, astrônomos acreditam que a detecção de rochas menores será mais comum, com várias passagens identificáveis por semana.

Redator(a)

Samuel Amaral é jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (USP) e estagiário de Ciência e Espaço no Olhar Digital.

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.