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Amazon recorre à Petrobras para cumprir promessa ambiental

Amazon recorre à Petrobras para cumprir promessa ambiental

A Amazon é uma das cofundadoras de um compromisso que prevê emissões líquidas zero de carbono em todas as suas operações até 2040. Mas tirar do papel os planos da iniciativa “The Climate Pledge” vai exigir esforços amplos da empresa. Afinal, a complexa rede para garantir a entrega de encomendas envolve transporte aéreo, marítimo e rodoviário.

Aqui no Brasil, a empresa acaba de anunciar um plano para explorar possibilidades de colaboração no desenvolvimento e implementação de soluções de combustíveis de baixa emissão de carbono em atividades de logística: um Memorando de Entendimento com a Petrobras, com o objetivo de aproveitar a experiência em energia da estatal.

“Acreditamos que investimentos em matérias-primas de baixo carbono baseadas em resíduos podem permitir que agricultores e cooperativas agrícolas transformem seus resíduos em valiosos recursos energéticos, potencialmente criando empregos no processamento agrícola e na produção de combustíveis”, disse Ricardo Pagani, líder de Operações da Amazon Brasil. “Esta abordagem poderia fortalecer a independência energética do Brasil, reforçando sua posição de liderança na bioeconomia global.”

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Memorando vai explorar soluções de combustíveis de baixa emissão de carbono em atividades de logística (Imagem: Amazon/Divulgação)

O que prevê o memorando?

“A Petrobras reforça o compromisso de investir em alternativas de descarbonização inovadoras, competitivas e com preços acessíveis. A parceria com a Amazon busca gerar oportunidades relevantes de negócio para ambas as empresas, avançando no caminho da descarbonização e gerando ganhos também para a sociedade e o meio ambiente”, afirma o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.

Petrobras produz e comercializa o Diesel R com 5% de conteúdo renovável
(Imagem: Petrobras/Divulgação)

No setor do transporte rodoviário, o Diesel R é uma das apostas para a realidade de baixo carbono, segundo a Petrobras. Além de mais sustentável, é um produto com alta estabilidade e baixíssimo teor de contaminantes, o que garante maior durabilidade e menor risco de falha nos motores, explica a distribuidora. Atualmente, a Petrobras produz e comercializa o Diesel R com 5% de conteúdo renovável.

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Céus poluídos

Reduzir a dependência de modais poluentes será um grande desafio para a Amazon, a maior varejista online do mundo. Entre 2019 e 2023, as emissões de dióxido de carbono pela empresa passaram de 3,33 milhões de toneladas métricas para 5,84 milhões de toneladas métricas, segundo relatório conjunto do Stand.earth Research Group (SRG), do Clean Mobility Collective.

Os principais contribuintes para esse aumento da poluição incluem a crescente dependência da Amazon do transporte aéreo de carga (+67% de emissões de CO₂) e a expansão de vans de entrega movidas a combustíveis fósseis (+195% de emissões de CO₂). Globalmente, a Amazon é responsável por 15 bilhões de encomendas anuais.

Amazon ainda depende de vans de entrega movidas a combustíveis fósseis (Imagem: Ceri Breeze/iStock)

“Ninguém deve se deixar enganar pelo greenwashing da Amazon”, disse Joshua Archer, Ativista Corporativo Global Sênior da Stand.earth. “A empresa continua sendo uma grande poluidora, apesar de seus esforços para se posicionar como uma defensora do clima. Ainda há tempo para corrigir o rumo, e estamos ansiosos para nos juntar à liderança da Amazon e discutir soluções reais que protejam nosso clima e nossas comunidades.”

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