Tudo sobre Inteligência Artificial
A Meta lançou nesta quinta-feira (02) o Business AI, um assistente digital voltado para empresas que promete transformar a forma como consumidores interagem com marcas online.
A ferramenta permite oferecer recomendações personalizadas de produtos e agilizar compras por meio de conversas em aplicativos como Facebook e Instagram, além de sites de e-commerce parceiros.
IA no varejo: de anúncios a assistentes de compras
As gigantes da tecnologia têm apostado pesado em integrar inteligência artificial (IA) à rotina de compras online.

A estratégia vai além de anúncios ou buscas tradicionais: trata-se de criar assistentes digitais capazes de acompanhar o consumidor do primeiro clique até a finalização da compra.
Esses assistentes seriam capazes de:
- Respondendo dúvidas;
- Oferecer sugestões;
- Processar pagamentos onde o usuário já navega (por exemplo: o aplicativo do ChatGPT).
O que é o Business AI da Meta
O novo Business AI da Meta funciona como um assistente conversacional que pode ser incorporado em diferentes pontos de contato das marcas com seus clientes. Ele estará presente nos anúncios exibidos no Facebook e Instagram.
Os consumidores poderão conversar com a IA da Meta para tirar dúvidas, pedir recomendações e até concluir uma compra sem sair do aplicativo. Nesses casos, o recurso será gratuito para as empresas.
Já quem quiser levar a tecnologia para seus próprios sites de e-commerce — incluindo lojas que utilizam a infraestrutura da Shopify — terá que pagar por isso. A Meta ainda não revelou valores, mas promete preços inferiores aos praticados por outras alternativas do mercado.
Além disso, a companhia planeja disponibilizar o Business AI no WhatsApp e Messenger. O plano é começar pelo México e pelas Filipinas em outubro antes de expandir para outros países.
Parcerias e estratégia da Meta
Para ampliar o alcance do Business AI, a Meta fechou parcerias com empresas como Salesforce, Microsoft, ServiceNow e Zendesk.
A empresa planeja integrar sua ferramenta a sistemas de gestão de relacionamento com clientes (CRM) e soluções de atendimento digital já consolidadas no mercado.
A ideia é que o assistente funcione como uma ponte entre anúncios, chats e serviços de suporte, respondendo às dúvidas mais simples e encaminhando casos mais complexos para equipes especializadas.
Segundo Clara Shih, chefe de Business AI da Meta, o objetivo é ir “além dos anúncios e além da própria Meta” para fortalecer tanto a experiência do consumidor quanto a operação das empresas.
O movimento também reforça a estratégia da companhia de diversificar receitas além da publicidade, que historicamente sustenta a maior parte do faturamento do grupo.
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Movimentos dos rivais e o que está em jogo
A Meta não está sozinha nessa corrida. A Amazon, por exemplo, lançou recentemente um agente de IA para vendedores terceirizados.
O agente da Amazon é capaz de automatizar tarefas como criação de descrições de produtos, gestão de inventário e solução de problemas de conta.
Já o Google atualizou o Modo IA da sua Busca para torná-lo multimodal. Assim, permite que usuários enviem imagens e refinem pesquisas por etapas até encontrar e comprar produtos.
A OpenAI, por sua vez, estreou o Instant Checkout no ChatGPT. Ele permite pesquisar e concluir compras sem sair da plataforma, em parceria inicial com lojistas como Shopify e Etsy.
A ofensiva das big techs mostra que a próxima fronteira da IA é o varejo digital. Para consumidores, isso pode render experiências mais rápidas e personalizadas. Para comerciantes, a contrapartida pode ser mais dependência de plataformas do Vale do Silício.
(Essa matéria usou informações da CNBC.)