Anatel anunciou uma simplificação nas regras que permite a oferta de telefonia e internet via satélite com uma só licença

(Imagem: Saulo Ferreira Angelo / Shutterstock.com)

A Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, já disponibiliza o acesso à conexão em alguns celulares. O sistema funciona com satélites de baixa órbita, que conseguem alcançar regiões onde não há sinal de operadoras móveis.

A empresa de Elon Musk tem autorização para operar o serviço nos Estados Unidos, mediante cooperação com as operadoras. No entanto, ainda não pode atuar da mesma forma aqui no Brasil. Pelo menos por enquanto.

Ao fundo, antena da Starlink em um gramado; acima, pessoa segura um smartphone medindo a velocidade da internet
Starlink precisa de autorização para prestar o serviço no Brasil (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

No dia 28 de outubro, passam valer as novas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para o setor de conexão satelital. Isso inclui uma simplificação que permite oferta de telefonia e internet via satélite com uma só licença.

O conselho da agência decidiu extinguir a atual licença de telefonia via satélite, SGS, e colocá-la sob o guarda-chuva da licença de telefonia móvel, a SMP. Com isso, as operadoras de telefonia via satélite terão que fazer uma transição para a nova outorga.

Anatel anunciou mudanças nas regras (Imagem: edusma7256/Shutterstock)

Concluída esta etapa, as prestadoras do serviço, como é o caso da Starlink, estariam habilitadas a oferecer internet móvel via satélite junto com o plano de telefonia via satélite. As informações são da Folha de São Paulo.

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Musk pretende que a conexão fique disponível em qualquer lugar do mundo (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Internet via satélite para celulares

  • Para oferecer a conexão de internet para smartphones, a Starlink equipou seus satélites de segunda geração com mini antenas de telefonia móvel.
  • Em abril, a Anatel permitiu que 7.500 dessas unidades mais modernas operem no Brasil.
  • Por enquanto, o serviço é limitado apenas ao envio de texto e de coordenadas geográficas, mesmo em áreas fora do alcance de torres de telefonia móvel.
  • O objetivo da empresa de Musk, no entanto, é ampliar as funcionalidades com novas atualizações.
  • A expectativa é que, no futuro, seja possível receber o sinal da Starlink em qualquer lugar do mundo.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.