Tilly Norwood foi criada pela empresa Xicoia, que se autodenomina o primeiro estúdio de talentos com inteligência artificial do mundo

Imagem: divulgação/Xicoia

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Embora já faça parte da indústria cinematográfica, a inteligência artificial ainda é motivo de grandes debates. E o tema voltou a ser discutido com força total por Hollywood após o lançamento de uma atriz gerada por IA.

Tilly Norwood foi criada pela empresa Xicoia, que se autodenomina o primeiro estúdio de talentos com inteligência artificial do mundo. A novidade, no entanto, provocou uma série de críticas de associações, atores e cineastas.

Tema tem sido um dos mais debatidos em Hollywood nos últimos dias (Imagem: Ekaterina Chizhevskaya/iStock)

Foco deve estar no ser humano

Em comunicado divulgado nesta semana, o sindicato de artistas dos Estados Unidos (SAG-AFTRA) afirmou que a IA não deveria ocupar espaço de destaque na profissão. Segundo a entidade, “a criatividade é, e deve permanecer, centrada no ser humano”.

O texto deixa claro que Tilly Norwood “não é uma atriz”. E observa que trata-se de uma personagem gerada por um programa de computador treinado com base no trabalho de inúmeros artistas profissionais, sem permissão ou remuneração.

Sindicato dos atores dos EUA condena criação (Imagem: Walter Cicchetti/Shutterstock)

O sindicato ainda alega que “não há experiência de vida para se inspirar, nenhuma emoção e, pelo que vimos, o público não está interessado em assistir a conteúdo gerado por computador desvinculado da experiência humana”. As informações são do portal Variety.

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Uso da IA na indústria cinematográfica levanta diversas discussões (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Atriz criada por IA tem até perfil nas redes sociais

  • Tilly Norwood foi apresentada oficialmente pela produtora e comediante holandesa Eline Van der Velden no último fim de semana passado, durante o Zurich Summit, evento paralelo ao Festival de Cinema de Zurique.
  • Ela disse que agências de talentos estavam de olho na atriz e que esperava anunciar uma contratação em breve.
  • Também rebateu as críticas, afirmando que a atriz gerada por IA “não é uma substituta para um ser humano, mas uma obra criativa, uma obra de arte”.
  • Por fim, argumentou que personagens de inteligência artificial deveriam ser julgados como um gênero próprio.
  • A conta de Tilly Norwood no Instagram já conta com mais de 33 mil seguidores.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.