TikTok ganha fôlego nos EUA após ‘acordo inicial’ com governo da China

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Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo preliminar para evitar que o TikTok seja banido do território americano. Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, já há um “acordo inicial” fechado entre as partes, que deverá ser finalizado em encontro entre os presidentes Donald Trump, dos EUA, e Xi Jinping, do país asiático, na sexta-feira (19).

O entendimento ocorre às vésperas do prazo de 17 de setembro, quando a ByteDance, dona do TikTok, teria de vender suas operações nos EUA ou tirar o aplicativo no país. O acordo ainda precisa ser detalhado, mas abre caminho para que a rede social continue funcionando para seus 170 milhões de usuários norte-americanos.

‘Acordo inicial’ mantém TikTok nos Estados Unidos, por ora

O anúncio do acordo inicial é mais um capítulo da disputa que já durava meses e colocava em risco a permanência do TikTok nos Estados Unidos.

A negociação, segundo Washington, abre espaço para que a rede social siga ativa enquanto os detalhes são acertados entre os dois governos e a ByteDance, controladora da plataforma.

Pessoa segurando, com a ponta dos dedos de maneira parecida a uma pinça, um celular com a logomarca do TikTok na tela na frente de uma bandeira dos Estados Unidos
“Acordo inicial” é mais um capítulo da disputa que já durava meses e colocava em risco a permanência do TikTok nos Estados Unidos (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

O que falta para o acordo ser fechado

Apesar do anúncio do acordo inicial, as negociações ainda não estão concluídas. De acordo com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, os termos comerciais já foram acertados, de acordo com a CNBC.

No entanto, o documento final depende da validação direta dos presidentes Trump e Xi Jinping, prevista para o encontro desta sexta. Segundo o TechCrunch, Trump escreveu em sua rede Truth Social que o acordo envolvia uma empresa que “os jovens queriam salvar”.

Autoridades americanas indicam que o prazo de 17 de setembro, quando o TikTok deveria ser vendido ou banido, pode ser estendido por alguns dias para permitir a assinatura do acordo. No entanto, Washington afirma que não pretende conceder novas prorrogações indefinidas, o que reforça a pressão sobre Pequim e a ByteDance.

Pressões políticas e comerciais em jogo

O impasse em torno do TikTok não se limita ao aplicativo. Ele faz parte de uma disputa maior entre Estados Unidos e China, que envolve tarifas comerciais, restrições tecnológicas e acusações de espionagem

Washington pressiona Pequim a aceitar a transferência do controle do TikTok para investidores americanos, enquanto o governo chinês resiste a qualquer movimento que pareça imposição externa.

Montagem com fotos de Donald Trump e Xi Jinping
O presidente dos EUA, Donald Trump (esq.), e da China, Xi Jinping (dir.) (Imagem: Chip Somodevilla e Kaliva – Shutterstock)

Nos bastidores, autoridades americanas também relacionam a negociação do aplicativo a outras pautas econômicas, como a redução de tarifas e a abertura de setores estratégicos, segundo a Reuters (via Olhar Digital).

Para os EUA, o TikTok representa tanto uma questão de segurança nacional quanto uma peça importante numa disputa mais ampla de poder econômico e tecnológico com a China.

Leia mais:

A posição da China e da ByteDance

O governo chinês sempre se posicionou contra a venda forçada do TikTok para investidores norte-americanos. Pequim vê essa exigência como uma violação de regras de concorrência justa e uma forma de pressão política. 

Logos de TikTok e ByteDance divididos por uma sobra de uma mão segurando um smartphone
A ByteDance, dona do TikTok, insiste que mantém a privacidade das informações e busca alternativas para continuar operando nos Estados Unidos (Imagem: Mamun_Sheikh/Shutterstock)

Até agora, as autoridades do país evitam comentar oficialmente o andamento das negociações, mas seguem firmes na defesa de que o aplicativo não representa risco à segurança dos EUA.

A ByteDance, dona do TikTok, também contesta as acusações de que compartilha dados de usuários com o governo chinês. A empresa insiste que mantém a privacidade das informações e busca alternativas para continuar operando nos Estados Unidos sem abrir mão do controle sobre sua tecnologia. 

Com o novo acordo inicial, tanto a companhia quanto Pequim ganham tempo para tentar evitar um desfecho que poderia retirar do ar – nos EUA – uma das plataformas mais populares do mundo.