O mês de setembro começa com calor intenso e ar seco no Centro-Oeste, no Sudeste e no interior do Nordeste. Já no Norte, o quadro se divide entre tempo firme e chuvas frequentes.
Enquanto isso, o Sul do país vive situação oposta, sob influência de um ciclone na Argentina. O fenômeno traz rajadas de vento no Rio Grande do Sul e instabilidade crescente ao longo da semana, com pancadas de chuva que devem se espalhar de forma irregular.
Previsão do tempo: como fica o tempo neste começo de setembro no Brasil
Confira abaixo os destaques da previsão do tempo, organizados por região do Brasil:
Sul: ventania por conta de ciclone
O Sul do Brasil volta a sentir consequências de um ciclone que atua sobre a Argentina. O impacto imediato é o vento, que sopra com rajadas moderadas a fortes no Oeste e no litoral gaúcho, além da Lagoa dos Patos.
A chuva aparece de forma mais concentrada entre o Oeste e o Sul do Rio Grande do Sul, avançando depois de maneira pontual. Mas, segundo a Climatempo (via G1), o destaque será mesmo a ventania.
- Porto Alegre (RS): máxima de 30 °C nesta segunda (1º), com instabilidade aumentando já na terça (02);
- Florianópolis (SC): máxima de 21 °C, com chuva persistente;
- Curitiba (PR): mínima de 13 °C e máxima de 21 °C, com nebulosidade e chance de garoa.
Sudeste: calor, sol e tempo firme
O Sudeste terá uma segunda-feira de sol e tempo firme na maioria das cidades, embora nuvens se formem ao longo do dia.
- São Paulo (SP): manhã amena e tarde agradável, com mínima de 15 °C e máxima de 27 °C. Céu mais carregado à noite, mas sem chuva prevista;
- Rio de Janeiro (RJ): mínima de 18 °C e máxima de 27 °C, com sol forte e possibilidade de chuva passageira à tarde;
- Vitória (ES): sujeita à umidade costeira, que provoca chuva em parte do dia.
Nos próximos dias, o calor aumenta no interior da região, com termômetros entre 34 °C e 37 °C no norte e oeste paulista e em áreas de Minas Gerais. As nuvens de fim de tarde tendem a se intensificar, ainda de forma irregular.
Centro-Oeste: calor extremo
No Centro-Oeste, setembro começa com calorão e ar seco.
- Campo Grande (MS): tempo aberto, com muitas nuvens à tarde;
- Cuiabá (MT): deve alcançar os 40 °C em diferentes tardes, com umidade mínima perto de 20%;
- Brasília (DF): mínima de 17 °C e máxima de 30 °C nesta segunda, sem chuva e com queda na umidade;
- Goiânia (GO): mínima de 19 °C e máxima de 31 °C, também sob tempo firme.
A semana será marcada por poucas mudanças na região: calor persistente e, de forma isolada, nuvens de tempo quente com chuva mal distribuída.
Nordeste: sol e pancadas no litoral
No Nordeste, o litoral segue sob influência da umidade do mar. Estados como Pernambuco e Paraíba podem registrar volumes mais elevados de chuva em curtos períodos.
- Salvador (BA), Recife (PE) e João Pessoa (PB): sol entre nuvens e chuva rápida em diferentes momentos do dia;
- Natal (RN): máxima em torno de 28 °C, com pancadas ao longo do dia;
- Teresina (PI): tempo firme e calor intenso, com máxima de 36 °C.
Norte: calor e pancadas de chuva
Na região Norte, o cenário é dividido. Ao norte do Amazonas e em Roraima, a chuva segue irregular, enquanto ao sul da região a tendência é de mais precipitações nos próximos dias.
- Belém (PA): mínima de 24 °C e máxima de 33 °C, com aumento de nuvens e sem chuva prevista;
- Manaus (AM): máxima de 32 °C, tempo firme;
- Boa Vista (RR): chance de pancadas isoladas, com máxima de 32 °C.
No sul do Amazonas, no Acre e em Rondônia, a presença de nuvens e pancadas tende a crescer, o que deve reduzir um pouco o calorão típico da região.
La Niña: fenômeno que muda o clima no mundo pode começar em 2025
Enquanto o Brasil enfrenta uma primeira semana de setembro marcada por calor no Centro-Sul e ventania no Sul, os meteorologistas já olham para um fenômeno de maior escala: o La Niña. Segundo a Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA), a chance de sua formação ainda em 2025 já ultrapassa os 50%, com probabilidade de atuação na primavera do Hemisfério Sul.
O La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, que altera a circulação atmosférica e redistribui chuvas e temperaturas. No Brasil, isso significa mais chuva no Norte e no Nordeste, o que eleva o risco de enchentes. E clima mais seco no Sul, com possibilidade de estiagem e até geadas tardias.
Especialistas lembram que o último episódio ocorreu entre 2020 e 2023. E que sinais recentes, como as temperaturas mais baixas dos últimos dias, reforçam a expectativa de retorno do fenômeno. Se confirmado, o impacto pode se estender para além da primavera, influenciando o verão. Também espera-se consequências para a agricultura, o abastecimento de água e o cotidiano nas cidades.