A 8ª edição do Festival da Farinha, realizada entre os dias 27 e 30 de agosto no Complexo Esportivo de Cruzeiro do Sul, entrou para a história ao registrar público recorde de mais de 70 mil pessoas e movimentar R$ 2.702.221,80 em vendas. O balanço oficial foi divulgado nesta quarta-feira (3) pelo prefeito Zequinha Lima, que celebrou o impacto econômico e cultural do evento.

Festival da Farinha reúne recorde de público e movimenta quase R$ 3 milhões em Cruzeiro do Sul. Foto: Reprodução
Segundo o gestor, esta foi a maior edição já promovida pela Prefeitura. “Os números nos surpreenderam. Só os agricultores nunca venderam tanto na vida deles como venderam neste festival. Para nós isso é motivo de orgulho, porque o investimento que fizemos teve retorno direto para o cidadão”, afirmou.
O prefeito destacou ainda que o Complexo Esportivo foi aprovado como espaço do evento e seguirá sendo a sede da festa em 2026. “Foi um ambiente familiar, aconchegante e organizado. No ano que vem, vamos trabalhar para realizar um festival ainda maior”, garantiu.
Balanço oficial foi divulgado nesta quarta-feira (3) pelo prefeito Zequinha Lima. Foto: Reprodução
A estrutura contou com apoio do Governo do Estado, Sebrae e Associação Comercial. Além da montagem dos espaços, a Prefeitura investiu em melhorias no complexo, com acessos, escadas, pinturas e reformas. “Toda a cidade ganhou. Setores como hotelaria, transporte, comércio e alimentação sentiram diretamente a movimentação do festival”, reforçou Zequinha Lima.
Impacto econômico
O setor de Indústria, Comércio e Serviços liderou as vendas, alcançando R$ 1,68 milhão, incluindo a comercialização de carros e motocicletas. O segmento de bebidas somou R$ 353,9 mil, seguido por restaurantes (R$ 141,7 mil), quiosques fixos (R$ 131,8 mil), espetinhos (R$ 78,2 mil), feira de doces e salgados (R$ 55 mil), trailers (R$ 49,6 mil), estacionamento criativo (R$ 48,5 mil), barraca de plantas (R$ 10,9 mil) e artesanato (R$ 8,5 mil).
No espaço dos agricultores, mais de 60 produtores comercializaram farinha e derivados da mandioca, com faturamento de R$ 139,2 mil. Foram R$ 40 mil em farinha, R$ 48 mil em derivados e R$ 51,2 mil em outros produtos regionais.
Produção local e identidade cultural
Cruzeiro do Sul é reconhecida nacionalmente como a capital da farinha, com produção anual de 500 mil sacos, equivalentes a 25 mil toneladas e R$ 75 milhões em movimentação econômica. Para o prefeito, o festival reforça essa identidade. “A farinha de mandioca é o principal produto da nossa economia. Precisamos valorizar a mandioca e seus derivados, ampliando mercados e fortalecendo nossa cultura”, disse.
Programação diversificada
Além da feira, a festa reuniu mais de 170 empreendedores e cerca de 100 artistas em dois palcos. As atrações nacionais ficaram por conta dos cantores Marília Tavares, Lairton dos Teclados e Evoney Fernandes. O público também acompanhou competições culturais e apresentações locais.
Com estacionamento para mil veículos, reforço de 40 policiais militares e 70 seguranças particulares, a organização priorizou a segurança e o conforto dos visitantes.
O setor de Indústria, Comércio e Serviços liderou as vendas. Foto: Reprodução
O Festival da Farinha consolidou-se como um dos principais eventos do Acre, unindo tradição, cultura e desenvolvimento econômico.