Juruá Informativo

Feminicídio em Cruzeiro do Sul: Conselho Tutelar já monitorava família da vítima

Na manhã desta terça-feira (23), um feminicídio abalou a cidade de Cruzeiro do Sul. Maria José de Oliveira, de 51 anos, foi morta com uma facada no coração pelo ex-companheiro, de 61 anos, na Rua Alita, bairro Cruzeirão. O suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Militar, e a investigação do caso está a cargo da Polícia Civil.

O Conselho Tutelar confirmou que acompanhava a família desde fevereiro deste ano: Foto/ Reprodução

O crime reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher na região e evidenciou um histórico de abusos envolvendo a vítima e seus filhos. O Conselho Tutelar confirmou que acompanhava a família desde fevereiro deste ano, após denúncias anônimas indicarem que o acusado teria abusado sexualmente de duas filhas menores e, no passado, de outra filha hoje maior de idade.

Maria José de Oliveira, de 51 anos, foi morta com uma facada no coração pelo ex-companheiro: Foto/ Reprodução

Segundo a conselheira tutelar Alderlis Dantas, naquela ocasião foi realizada uma visita à comunidade Forquilha, no Rio Liberdade, com apoio policial. Maria José relatou sofrer violências sexual, psicológica, patrimonial e física, além de constantes ameaças.

Diante da gravidade da situação, o Conselho retirou a família da comunidade e a trouxe para Cruzeiro do Sul. Foram feitos encaminhamentos ao Ministério Público, à Delegacia da Mulher, ao Creas e ao Cras, que forneceu aluguel social. As crianças também foram matriculadas na rede municipal de ensino.

A conselheira destacou que Maria José buscava tratamento para um suposto câncer de mama e, durante esse período, recebeu apoio institucional. A Justiça chegou a determinar o acolhimento temporário dos filhos no Lar Ester Cameli, até que a vítima pudesse reassumir os cuidados familiares.

Alderlis Dantas afirmou que, após o crime, a prioridade tem sido atender as crianças e a adolescente, buscando soluções que respeitem o melhor interesse delas, conforme estabelece a Lei 8.069/90.

O caso continua sob investigação da Polícia Civil.

Sair da versão mobile