O ex-presidiário Antônio Severino de Souza, conhecido como “Pirata”, foi morto a tiros na Vila Evo Molares, região de fronteira da Bolívia com Plácido de Castro (AC). O crime ocorreu recentemente e está sendo investigado pela Polícia Nacional da Bolívia.
“Pirata” ganhou notoriedade no Acre por ter sido um dos sete denunciados pelo Ministério Público Estadual por suposto envolvimento na execução do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros, assassinado em 20 de maio de 2020, no estacionamento da Suframa, em Rio Branco.

Assassinato ocorreu em Evo Molares, na fronteira da Bolívia com Plácido de Castro/Foto: Reprodução
Em março deste ano, os promotores Ildon Maximiano e Carlos Pescador, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, pediram a impronúncia de cinco acusados, incluindo Antônio Severino, devido à falta de provas concretas. Entre os beneficiados pela decisão estavam também Carmélio da Silva Bezerra (“Veio”), Liomar de Jesus Mariano (“Mazinho”), Weverton Monteiro de Oliveira (“Bolacha”) e Clebson Rodrigues do Nascimento (“Polaco”).
O parecer indicou que os depoimentos obtidos durante o processo não foram suficientes para comprovar a participação desses réus no crime. Grande parte das acusações se baseava em delações que não foram confirmadas por provas testemunhais ou documentais.
Já em relação a João da Silva Cavalcante e Sairo Gonçalves Petronílio, o Ministério Público recomendou que ambos sejam levados a júri popular, considerando que há indícios mais consistentes de participação direta na morte de Gedeon Barros. Segundo os promotores, o homicídio teria motivações ligadas a dívidas e a investigações da Polícia Federal sobre desvios de recursos na Prefeitura de Plácido de Castro, levantando a hipótese de “queima de arquivo”.
O parecer ministerial aguarda decisão do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri sobre sua aceitação. Enquanto isso, o assassinato de Antônio Severino na Bolívia pode trazer novos desdobramentos a um caso que ainda movimenta a cena policial e política do Acre.