Novo estudo aponta que a IA não tem a capacidade de personalizar recomendações ou discutir nuances como os médicos fazem em consultas

Imagem: Amir Sajjad / Shutterstock

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Apesar de os chatbots de inteligência artificial, caso do ChatGPT, ajudarem os pacientes a entender conceitos gerais sobre o câncer, as respostas fornecidas ainda não são confiáveis. É isso o que revela um novo estudo publicado na revista científica Future Science OA.

De acordo com os pesquisadores, a IA não tem a capacidade de personalizar recomendações ou discutir nuances como os médicos fazem em consultas. Os resultados do trabalho mostram que a orientação profissional continua sendo essencial nestes casos.

ilustração digital de um câncer de pele se desenvolvendo no corpo
IA foi questionada sobre alguns aspectos relacionados ao câncer (Imagem: Ebrahim Lotfi/Shutterstock)

ChatGPT 3.5 foi utilizada no teste

  • A pesquisa avaliou a qualidade das respostas da inteligência artificial para perguntas médicas sobre câncer hematológico.
  • O ChatGPT 3.5, versão gratuita do chatbot da OpenAI, foi utilizado no experimento.
  • De acordo com a equipe responsável pelo trabalho, foram dez questionamentos feitos.
  • Cinco eram sobre temas gerais, como efeitos colaterais comuns da quimioterapia.
  • E as outras cinco tratavam de terapias mais específicas, como os inibidores de BCL-2, medicamentos que estão em fase de estudos.
  • As respostas foram avaliadas por quatro hematologistas e oncologistas de forma anônima, em uma escala de 1 a 5.

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Chatbot não substitui o acompanhamento de um profissional médico (Imagem: PhotoGranary02/Shutterstock)

Nenhuma resposta recebeu nota máxima

O estudo revelou que, em perguntas gerais, o chatbot teve média de 3,38 pontos. A pontuação foi considerada “razoável, mas incompleta”, segundo os pesquisadores. Já nas questões sobre terapias mais novas, o resultado caiu para 3,06 pontos. Nenhuma resposta recebeu nota máxima (5).

A equipe ressalta que, assim como no passado os pacientes recorreram ao Google para tirar dúvidas de saúde, agora a IA está sendo incorporada ao cotidiano. No entanto, isso exige algum grau de ceticismo, especialmente sobre respostas sobre tipos específicos de câncer e tratamentos.

Resultado não significa que a tecnologia seja descartável (Imagem: S. Singha/Shutterstock)

Ainda segundo os cientistas, versões mais recentes do chatbot podem apresentar desempenho diferente. Além disso, eles destacam que as ferramentas podem ser muito importantes para a medicina. No entanto, a conclusão é que nenhuma IA pode substituir a orientação profissional de um médico.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

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Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.