Fechamento da agência da Caixa em Rio Branco provoca protesto de bancários na Câmara

Segundo o comunicado oficial, os clientes da Agência Galvez serão transferidos para a unidade Rio Branco, localizada na Avenida Brasil

A decisão da Caixa Econômica Federal de encerrar as atividades da Agência Galvez, localizada na Rua Benjamin Constant, no Centro de Rio Branco, gerou preocupação entre bancários e usuários. Inaugurada em 1971 e considerada a primeira unidade da Caixa na capital acreana, a agência terá seu último dia de funcionamento em 20 de outubro de 2025.

Os funcionários efetivos serão realocados para outras unidades: Foto/ Reprodução

Nesta terça-feira (30), servidores e representantes do Sindicato dos Bancários do Acre levaram a discussão à Câmara Municipal de Rio Branco. O presidente da entidade, Eudo Rafael, destacou os impactos sociais da medida e cobrou um posicionamento do poder público.

“A gente já fez essa denúncia pública em manifestação em frente da agência para que os clientes, comerciantes e usuários do banco soubessem do fechamento. Viemos também à Câmara reforçar essa denúncia, para que os vereadores e o poder público tomem alguma atitude contra o encerramento de uma agência que atende especialmente os ribeirinhos, vindos do interior do Acre e até do Amazonas, de cidades como Boca do Acre. É uma perda significativa para a população mais pobre”, afirmou.

Segundo o comunicado oficial, os clientes da Agência Galvez serão transferidos para a unidade Rio Branco, localizada na Avenida Brasil, podendo também utilizar os serviços de outras agências, lotéricas e correspondentes bancários.

Eudo Rafael criticou a política da Caixa, alegando que a instituição estaria priorizando clientes com maior poder aquisitivo em detrimento das camadas populares.

“Enquanto fecha uma agência que atende os programas sociais e a população carente, a Caixa trabalha para abrir espaços destinados a clientes de maior poder aquisitivo. Isso não condiz com o papel de um banco público”, ressaltou.

O sindicalista alertou ainda sobre os riscos de sobrecarga na agência central e os impactos da digitalização forçada dos serviços, que pode deixar parte da clientela sem atendimento adequado.

“O atendimento já é ruim. Com a transferência dos clientes e empregados, as filas e a demora vão aumentar. Além disso, há uma política de digitalização forçada, que empurra para os meios digitais até aqueles clientes que não têm familiaridade com a tecnologia. Isso pode gerar exclusão e até aumentar os casos de fraudes e golpes”, completou.