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Tudo sobre Inteligência Artificial
O Google começou a liberar uma atualização que leva imagens ao Modo IA da sua Busca. A ferramenta, que até então funcionava só com respostas em texto, passa a oferecer resultados visuais e interação mais natural. Assim, o usuário pode conversar com a inteligência artificial (IA) para refinar sua pesquisa, como se descrevesse o que procura para um amigo.
O objetivo é tornar a experiência mais útil em áreas como compras, moda e decoração, nas quais palavras nem sempre bastam para expressar uma ideia.
Por enquanto, a atualização do Modo IA com imagens está disponível apenas em inglês e começa a chegar gradualmente a usuários nos Estados Unidos, segundo o Google. A empresa não informou quando o recurso será liberado em outros países.
A novidade chega logo após a OpenAI também anunciar a possibilidade de fazer compras diretamente no ChatGPT. Isso reforça uma tendência: big techs disputam cada vez mais espaço no comércio eletrônico movido a IA.
De imagens no Modo IA ao ChatGPT: IA ganha papel central nas compras online
A disputa entre Google e OpenAI mostra como a IA está deixando de ser apenas ferramenta de busca ou geração de texto para atuar diretamente no consumo.
Ao transformar consultas em experiências visuais e conversacionais, essas plataformas querem não só ajudar o usuário a encontrar o que procura, mas também conduzi-lo até a compra – tudo sem precisar sair do ambiente em que já está.
Como vai dar para usar imagens no Modo IA do Google
O Modo IA do Google passa a ser multimodal. Isto é, o usuário pode iniciar a busca digitando uma descrição vaga, enviando uma foto ou usando uma imagem de referência.
Então, a IA gera resultados visuais que podem ser refinados em etapas, com pedidos adicionais feitos em linguagem natural. Assim, uma simples busca por “jeans que não sejam muito largos” pode se desdobrar em ajustes como “mostre modelos até o tornozelo” ou “quero versões em jeans acid wash”, exemplifica o Google.
O recurso também foi pensado para ir além de produtos. É possível pedir inspiração para decoração, moda ou até design. O Modo IA entrega sugestões em imagens que acompanham o estilo descrito.
Caso o usuário queira mais opções, basta continuar a conversa e especificar novos critérios, como cores mais escuras ou estampas mais ousadas. Essa interação por etapas aproxima a busca da forma como se conversa com outra pessoa, sem depender de filtros rígidos ou termos técnicos.
Debaixo do capô, a novidade combina diferentes tecnologias do Google. O sistema une o modelo Gemini 2.5, o Google Lens, a busca por imagens e o Shopping Graph, que mantém mais de 50 bilhões de listagens atualizadas a cada hora.
O resultado é uma experiência que consegue interpretar tanto o texto quanto os elementos presentes numa imagem, identificando não só o objeto principal, mas também detalhes secundários para refinar as respostas, segundo o Google.
Exploração visual além das compras
Embora a atualização tenha apelo claro para o varejo, o Google destaca que o Modo IA também pode servir como fonte de inspiração em contextos não comerciais.
A ideia é transformar descrições vagas em imagens que ajudem o usuário a visualizar conceitos — seja ao buscar referências de design, explorar tendências estéticas ou até imaginar combinações de cores e estilos para um projeto pessoal.
Nesses casos, a conversa com a IA funciona mais como um processo criativo, no qual cada pedido adicional ajuda a lapidar uma ideia que não caberia apenas em palavras.
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Resposta do Google e nova aposta da OpenAI
O avanço também reflete a pressão que o Google enfrenta desde que a OpenAI lançou o ChatGPT, em 2022.
Além de abrir espaço para novos concorrentes, como a própria OpenAI e startups como a Perplexity, esse marco mostrou que usuários estão dispostos a experimentar novas formas de pesquisar e consumir informação na internet.
No mesmo período em que o Google reforça sua busca com imagens, a OpenAI estreou o Instant Checkout dentro do ChatGPT, em parceria inicial com Etsy e Shopify.
O recurso permite que usuários pesquisem e concluam compras sem sair da plataforma de IA, com pagamentos processados pela Stripe e a promessa de integrar mais de um milhão de lojistas.
A iniciativa mostra que o foco das big techs vai além de responder perguntas: trata-se de transformar assistentes de IA em ambientes completos de consumo, capazes de rivalizar com as vitrines tradicionais da internet.
(Essa matéria também usou informações da CNBC e do The Verge.)
