O Acre registrou queda no desmatamento em agosto de 2025, mas continua sendo um dos estados mais impactados da Amazônia. Segundo dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) do Imazon, divulgados nesta segunda-feira (29), o estado correspondeu a 26% de toda a área amazônica desmatada no mês, com quatro municípios entre os dez mais afetados na região.

Apesar dos números preocupantes, analisando o mês de agosto, houve redução de 41% e o desmatamento atingiu seu menor nível em oito anos/Foto: Reprodução
Entre as unidades de conservação mais impactadas, cinco estão no Acre, incluindo a Reserva Extrativista Chico Mendes, que liderou o ranking estadual com cerca de 500 campos de futebol de floresta destruídos. Apesar dos números preocupantes, analisando o mês de agosto, houve redução de 41% e o desmatamento atingiu seu menor nível em oito anos.
A degradação florestal, provocada por queimadas e exploração madeireira, também recuou em agosto, com o Acre representando 14% do total da Amazônia Legal. Junto com Mato Grosso e Pará, os três estados concentram 484 km² de florestas degradadas, uma área maior que a cidade de Curitiba (PR).
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, a degradação florestal no Acre caiu, mas a destruição ainda preocupa. O pesquisador do Imazon, Carlos Souza Jr., alerta que é necessário intensificar as ações de fiscalização, conter queimadas e coibir a extração ilegal de madeira para proteger a fauna, a flora e evitar agravamento das mudanças climáticas.
Mesmo com avanços, o Acre segue em destaque negativo, com alta concentração de desmatamento em áreas sensíveis e unidades de conservação, reforçando a urgência de políticas públicas locais de preservação ambiental.