O Exporta Mais Amazônia começou nesta segunda-feira (29) na Universidade Federal do Acre (Ufac), reunindo representantes de 18 países interessados em adquirir produtos da região amazônica, entre eles China, Peru, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Índia, Chile, Irlanda, Reino Unido, Indonésia, Equador, Itália, Países Baixos, Suíça, Moçambique, Estados Unidos, Rússia, Bulgária e Japão.

Durante a cerimônia, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou o potencial do programa: Foto/Juan Diaz/ContilNet
A iniciativa é promovida pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Sebrae, e busca aproximar empresas brasileiras de compradores estrangeiros, dando destaque a produtos compatíveis com a preservação ambiental. O encontro acontece em um momento estratégico, às vésperas da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), reforçando a centralidade da Amazônia nas pautas de sustentabilidade e negócios globais.
Considerada a maior edição desde 2023, a programação reúne mais de 60 empresas do Norte do Brasil: Foto: Juan Diaz/ContilNet
Considerada a maior edição desde 2023, a programação reúne mais de 60 empresas do Norte do Brasil, sendo 44 do Acre, que apresentam itens como açaí, frutas processadas, castanha-do-brasil, café robusta, artesanato, carnes bovina e suína, além da farinha de mandioca. Ao todo, 25 compradores de cinco continentes participam das rodadas comerciais. Desde que começou, o Exporta Mais Amazônia já movimentou R$ 85 milhões em negócios para companhias da região.
Ao todo, 25 compradores de cinco continentes participam das rodadas comerciais: Foto: Juan Diaz/ContilNet
A abertura contou com solenidade oficial, seguida de almoço e visitas técnicas a empresas locais, como Cooperacre, Frisacre, JBS, Cores da Mata Biojoias e Cooperlib.
Durante a cerimônia, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou o potencial do programa: “É uma coisa muito bacana esse exporta mais Amazônia, porque a Amazônia tem um potencial de exportação enorme, talvez o maior do Brasil, mas ainda exporta pouco. Exporta, tirando Belém, em torno de 6 bilhões de dólares. E é pouco. Então, quando a gente trabalhou a ideia da estrada do Pacífico, o Acre é o estado mais perto do Pacífico, foi com esse propósito. E hoje a gente está trazendo aqui pela Apex, é o governo do presidente Lula, o Exporta Mais Amazônia. Nós temos 25 compradores. São representantes de grandes empresas de 18 países… Aqui estamos com mais de 70 empresas. Só do Acre, em torno de 45 empresas, na área de castanha, açaí, farinha, artesanato, carne bovina, carne suína e frutas que a gente está aqui pondo o nosso produto, os produtos da Amazônia, diante do comprador, do importador da empresa”, afirmou.
O dirigente destacou ainda que o Acre deve ultrapassar os US$ 100 milhões em exportações em 2025: “Não tenho nenhuma dúvida de que amanhã vai ser a rodada de negócios e nós vamos fechar contratos. E isso acontecendo ajuda muito a economia da Amazônia e do Estado do Acre… O Acre exportou 87 milhões de dólares no ano passado, isso é o dobro do que exportava antes. E esse ano deve exportar mais de 100 milhões de dólares, mesmo com o tarifácio do governo Trump. Mas isso é só o começo de um trabalho que está dando certo”, concluiu.
A programação segue até quarta-feira, 1º de outubro, com atividades voltadas ao fortalecimento do comércio internacional e à valorização dos produtos amazônicos.