Olhar Digital > Pro > Israel quer usar IA para ampliar suas capacidades militares
Tema foi debatido durante encontro do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com executivos e investidores de tecnologia dos EUA
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Apesar da pressão da comunidade internacional para que Israel suspenda as operações militares na Faixa de Gaza, o governo do país busca ampliar as suas capacidades militares. Para isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pode aumentar os investimentos em inteligência artificial.
O assunto foi debatido durante encontro realizado em Nova York com executivos e investidores de tecnologia dos Estados Unidos. A ideia é que a IA também seja utilizada para impulsionar a economia israelense.

Segundo reportagem do portal Bloomberg, participaram da reunião nomes como Jacob Helberg, ex-conselheiro da Palantir Technologies Inc., e que foi nomeado para servir no governo Trump como subsecretário de Estado para crescimento econômico, energia e meio ambiente. Ele é considerado um grande defensor de Israel.
Também estiveram presentes Eric Glyman, CEO da startup fintech Ramp, Eric Wu e Keith Rabois, cofundadores da empresa imobiliária online Open Door e Guillermo Rauch, CEO do provedor de plataforma de computação em nuvem Vercel. Assim como o cofundador da Lux Capital, Josh Wolfe.

A publicação destaca que a tecnologia pode ser utilizada para aumentar a eficácia das operações contra o Hamas na Faixa de Gaza. Além disso, a IA pode ajudar a melhorar os sistemas de defesas israelenses. O governo do país não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
A reunião aconteceu na véspera de um encontro entre Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, marcado para esta segunda-feira (29). Os líderes irão discutir um acordo de cessar-fogo no Oriente Médio.
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Uso da IA por Israel já causou polêmica
- A possibilidade de Israel investir na inteligência artificial para fins militares é levantada após a Microsoft encerrar e desativar um conjunto de serviços de nuvem e IA para uma unidade do Ministério da Defesa do país.
- O governo israelense foi acusado de usar a tecnologia para ações de vigilância de civis palestinos.
- A decisão foi comunicada em uma carta assinada pelo presidente da Microsoft, Brad Smith, em resposta à denúncia feita pelo jornal The Guardian.
- A reportagem também informou que os militares israelenses estão usando o sistema Azure, da Microsoft, para armazenar arquivos de dados de chamadas telefônicas obtidas por meio de vigilância ampla ou em massa de civis em Gaza e na Cisjordânia.
- A big tech iniciou, em 15 de agosto, uma investigação interna para apurar a denúncia.
- Saiba mais sobre o assunto clicando aqui.
Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.