A Folha de S. Paulo destacou nesta semana a crescente expansão da soja na Amazônia, com atenção especial ao Acre. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado, que até 2017 não possuía nenhuma plantação de soja, hoje tem áreas cultivadas equivalentes a três vezes o tamanho de Manhattan.

Estados vizinhos, como Amazonas e Rondônia, também apresentam crescimento acelerado da produção
O crescimento se dá em regiões antes preservadas ou voltadas à pecuária, impulsionado por investimentos bilionários em logística e pelo aumento da demanda chinesa pelo grão. “As mudanças têm sido profundas. No Acre, não havia registros de cultivos de soja até 2017. Este ano, os agricultores cultivaram uma área três vezes o tamanho de Manhattan”, destacou a reportagem.
Estados vizinhos, como Amazonas e Rondônia, também apresentam crescimento acelerado da produção, formando a região conhecida como Amacro, apontada como a nova fronteira agrícola do país. Desde 2019, quase 1,4 milhão de hectares de floresta foram desmatados nessa área.
O avanço da soja ocorre em meio a debates nacionais e internacionais sobre a necessidade de conciliar produção agrícola e preservação ambiental. Com a COP-30 marcada para 2026 em Belém, o Brasil enfrenta o desafio de manter sua liderança na agricultura sem descumprir metas de redução do desmatamento.