Entre janeiro e julho deste ano, o Acre registrou 664 casos de estupro, segundo levantamento do Observatório de Análise Criminal do Ministério Público Estadual (MP-AC). Desse total, 128 correspondem a estupros e 536 a estupros de vulnerável.
As vítimas em situação de vulnerabilidade — especialmente crianças e adolescentes — representam cerca de 80% das ocorrências. O estudo aponta ainda um aumento de 13,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 583 registros.
A maior concentração dos crimes ocorreu em Rio Branco, com 250 casos, seguida por Cruzeiro do Sul, que somou 106 registros, e Tarauacá, com 41.
Outro dado preocupante é que a maioria dos crimes foi efetivamente consumada. Entre os estupros registrados, 118 chegaram à consumação e apenas 10 ficaram na tentativa. Já nos estupros de vulnerável, 526 foram concretizados, enquanto 10 foram tentativas.
De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de estupro prevê penas que variam de 8 a 15 anos de prisão. Quando há resultado de lesão corporal grave, a punição pode chegar a 20 anos, e em caso de morte da vítima, a 30 anos de reclusão.