O Acre passa a contar com um reforço importante na rede pública de saúde com a chegada de médicos especialistas e o anúncio de novas estruturas financiadas pelo governo federal. As medidas integram o programa Agora Tem Especialistas, aliado ao Novo PAC Seleções 2025, que prevê R$ 2,5 bilhões para a construção de 899 unidades de atendimento em todo o Brasil.

Entre as áreas contempladas estão ginecologia, anestesiologia, cirurgia geral, otorrinolaringologia e setores voltados ao tratamento oncológico: Foto/ Reprodução
No estado, a iniciativa garante a presença de profissionais em hospitais e policlínicas, resultado da primeira chamada do programa que levou 322 médicos para 156 municípios brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, 65% dessas vagas foram direcionadas ao interior, incluindo cidades acreanas que historicamente sofrem com a falta de especialistas.
Entre as áreas contempladas estão ginecologia, anestesiologia, cirurgia geral, otorrinolaringologia e setores voltados ao tratamento oncológico. Esses profissionais terão acompanhamento de mentores da Rede Ebserh e do Programa Proadi-SUS, cumprindo carga horária de 16 horas semanais na assistência direta e quatro horas em atividades de formação.
Além da chegada de especialistas, o Acre está entre os estados beneficiados com novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dentro do pacote de quase 900 obras anunciadas pelo Ministério da Saúde. A meta é fortalecer o SUS, reduzir a pressão sobre serviços especializados e ampliar a oferta de atendimentos à população.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a ação prioriza as áreas de maior carência. “O objetivo não é colocar mais médicos onde eles já estão, mas levá-los para onde precisa, para atender quem precisa, reduzindo o tempo de espera no SUS”, afirmou.
Na região Norte, foram designados 40 médicos, parte deles para o Acre e outros estados da Amazônia Legal. Em todo o país, 72% dos profissionais vão atuar em locais classificados como de alta ou muito alta vulnerabilidade, sendo 22% especificamente em municípios amazônicos.
Outro destaque do programa é o incentivo à formação de novos especialistas, com a abertura de 4 mil bolsas de residência em 2025 — 3 mil destinadas à área médica e 1 mil multiprofissionais — que somam R$ 1,8 bilhão em investimentos.