Olhar Digital > Pro > Estudo alerta: redações escritas com IA soam genéricas e fáceis de detectar
Estudo mostra que universidades têm meios de detectar textos gerados por LLMs e recomenda uso apenas para revisão
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Pesquisadores da Cornell Ann S. Bowers College of Computing and Information Science, nos Estados Unidos, analisaram 30 mil redações de inscrição em faculdades e as compararam com textos gerados por oito modelos de linguagem, incluindo o ChatGPT.
O resultado: mesmo quando solicitados a escrever a partir da perspectiva de pessoas de diferentes raças, gêneros ou locais, os LLMs produziram narrativas uniformes e estereotipadas, fáceis de distinguir da escrita humana.
O estudo foi publicado no servidor de pré-impressão arXiv.

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IA não captura autenticidade
“O ensaio de admissão é uma chance para o candidato mostrar quem realmente é”, disse o professor Rene Kizilcec, coautor do estudo. “Pedir a um modelo que faça o rascunho completo leva a textos genéricos que não soam como o próprio aluno.”

Seu professor pode descobrir facilmente
- Os pesquisadores também treinaram um modelo para identificar textos gerados por IA e obtiveram precisão quase perfeita, sugerindo que universidades poderiam detectar facilmente esses ensaios.
- O estudo recomenda que os candidatos usem IA apenas para feedback ou revisão, e não para redigir o texto do zero.
- “Com ferramentas de IA, os alunos podem estar dando um tiro no próprio pé inadvertidamente”, alertou AJ Alvero, coautor do estudo.
Apesar de estimativas indicarem que cerca de 30% dos alunos já usam IA para escrever redações, os pesquisadores enfatizam que a autenticidade continua sendo a melhor estratégia para impressionar os avaliadores.

Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.