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Sabino será a 13ª troca ministerial do 3º mandato de Lula; relembre casos

Celso Sabino/Foto: Reprodução

A saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo marcará a 13ª troca ministerial no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi comunicada na sexta-feira (26). O substituto ainda não foi anunciado.

Durante coletiva, Sabino afirmou que entregou a carta de demissão ao presidente Lula, tendo assim, cumprindo o pedido do partido União Brasil.

 Celso Sabino/Foto: Reprodução

“Eu vou seguir conversando com a liderança do meu partido, apresentando todas as razões que eu expliquei aqui para vocês e nós vamos continuar o diálogo”, reiterou Celso sabino.

No dia 18 de setembro, o União estabeleceu um prazo de 24 horas para que seus filiados nomeados para cargos no governo deixassem os postos, “sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”. A determinação foi dada em resolução assinada pelo presidente nacional do partido, Antônio Rueda.

O ultimato do União foi anunciado pela direção do partido, que manifestou “irrestrita solidariedade” a Rueda, após o nome do dirigente passar a constar nas investigações da PF (Polícia Federal) que apuram uma infiltração da organização criminosa PCC (Primeiro Comando Capital) nos setores financeiros e de combustíveis no Brasil.

“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo Lula – movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias superiores”, diz a nota do partido.

Sabino era o único filiado ao União que permanecia no alto escalão da gestão petista.

Veja as trocas e demissões realizadas na Esplanada desde 2023

  • Gonçalves Dias — demitido do GSI (Gabinete de Segurança Institucional)
  • Daniela Carneiro — demitida do Ministério do Turismo
  • Ana Moser — demitida do Ministério do Esporte
  • Márcio França — realocado do Ministério de Portos e Aeroportos para o Empreendedorismo
  • Flávio Dino — deixou o Ministério da Justiça para assumir uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal)
  • Silvio Almeida — demitido do Ministério dos Direitos Humanos
  • Paulo Pimenta — demitido da Secom (Secretaria de Comunicação Social)
  • Nísia Trindade — demitida do Ministério da Saúde
  • Alexandre Padilha — realocado da Secretaria de Relações Institucionais para o Ministério da Saúde
  • Juscelino Filho — demitido do Ministério das Comunicações
  • Cida Gonçalves — demitida do Ministério das Mulheres
  • Carlos Lupi — pediu demissão do Ministério do Trabalho
  • Celso Sabino — anunciou que sairá do Ministério do Turismo até 2 de outubro

Relembre alguns casos

Gonçalves Dias

O primeiro ministro a deixar o governo foi o general Gonçalves Dias, que comandava o GSI.

Ele deixou o cargo após a CNN divulgar filmagens do circuito interno do Palácio do Planalto no dia dos ataques de 8 de janeiro. O vídeo mostrava o ex-ministro caminhando com invasores pelo prédio. 

Daniela Carneiro

Dois meses depois, em junho de 2023, Lula demitiu a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro.

Após ela pedir desfiliação do União Brasil, a legenda pressionou o Planalto por uma troca, de forma a manter o ministério sob gestão da legenda. Foi nomeado Celso Sabino em seu lugar.  

Minirreforma

Em setembro de 2023, Lula fez uma minirreforma ministerial para ampliar o apoio do centrão e garantir votos no Congresso. Ana Moser deixou o Ministério do Esporte para a entrada de André Fufuca (PP).

Silvio Costa Filho (Republicanos) assumiu Portos e Aeroportos, antes comandado por Márcio França, que foi realocado para o recém-criado Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. 

Dino no STFA quinta mudança ministerial ocorreu em fevereiro de 2024, quando Lula indicou o então ministro da Justiça, Flávio Dino, para o STF, na vaga deixada por Rosa Weber. O ministério passou então a ser comandado por Ricardo Lewandowski. 

Silvio Almeida

Já em setembro de 2024, o então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido após ser acusado de assédio moral e sexual. 

Paulo Pimenta

Em janeiro de 2025, Lula demitiu o então ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, e nomeou o publicitário Sidônio Palmeira, que atuou em sua campanha de 2022.

A mudança teve como objetivo modernizar a comunicação do governo, ampliar sua presença nas redes sociais e conter a disseminação de notícias falsas. 

Nísia Trindade

Em fevereiro, a ministra Nísia Trindade foi demitida do Ministério da Saúde e substituída por Alexandre Padilha.

A troca foi motivada por pressões internas e do próprio Lula para dar à pasta um viés mais “político” e concretizar entregas consideradas prioritárias por Lula. 

Carlos Lupi

Em maio, Carlos Lupi pediu demissão do Ministério da Previdência após a revelação do escândalo de fraudes em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Em seu lugar, entrou Wolney Araújo, então secretário executivo.

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