Suposto novo sistema chinês prevê a ejeção das baterias em caso de incêndio, impedindo que as chamas se espalhem para o veículo

Imagem: Aliaksei Kaponia/Shutterstock

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A popularização dos carros elétricos tem avançado nos últimos meses, sendo a China a principal expoente deste mercado. O mesmo país também busca solucionar um dos maiores problemas relacionados às baterias dos veículos.

Uma proposta engenhosa que circula nas redes sociais prevê a ejeção do componente em caso de incêndio. O objetivo é evitar que as chamas se espalhem, impedindo maiores riscos para os motoristas e ocupantes dos veículos.

Bandeira da China ao fundo, com a sombra de um carro elétrico sendo carregado
China quer corrigir problema relacionado aos veículos elétricos (Imagem: RaffMaster/Shutterstock)

Sensores identificam o superaquecimento e lançam bateria para longe

A proposta lembra o funcionamento de um airbag, que se abre em frações de segundo para evitar o impacto do motorista com o volante. No caso da bateria, sensores identificam o superaquecimento e disparam o componente para fora do carro.

Um dos vídeos retratando o funcionamento do sistema mostra um carro ejetando a bateria em alta velocidade, fazendo o componente se afastar do SUV vermelho cerca de 3 a 6 metros. A intenção é evitar que o restante carro pegue fogo.

Momento em que a bateria é ejetada (Imagem: reprodução/Weibo)

O problema, no entanto, é que ao afastar a bateria superaquecida, o sistema pode acabar colocando em risco a segurança de quem estiver por perto. O dispositivo em chamas poderia, por exemplo, atingir um outro carro estacionado ou até mesmo um pedestre desavisado.

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China estaria desenvolvendo uma solução para o problema das baterias (Imagem: Scharfsinn/Shutterstock)

China não confirma desenvolvimento da tecnologia

  • Em um dos vídeos mostrando os testes com a nova tecnologia é possível ver um Chery iCar 03T.
  • O veículo está adesivado com o logotipo do Centro de Pesquisa e Tecnologia em Reparos de Colisões de Veículos da China.
  • A montadora, no entanto, negou qualquer participação em experimentos do tipo.
  • O governo chinês também não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.