Descoberto em uma prolífera fonte africana de pedras preciosas, o segundo maior diamante do logo poderá ter um comprador ou ir parar em um museu. A HB Antwerp, empresa que tem a posse da pedra no momento, está analisando o material para precificá-lo.
Nomeado de Motswedi, esse diamante foi descoberto em 2024, na mina de Karowe, no nordeste de Botsuana, na África – conhecida como a maior produtora de diamantes do continente. Com, 2.488 quilates e pesando cerca de meio quilo, a pedra agora está na Antuérpia, Bélgica, onde aguarda precificação para ter seu destino definido.

A área de mineração é propriedade da companhia canadense Lucara, que tem parceria com a HB Antwerp para processar e comercializar as pedras acima de 10,8 quilates. A equipe belga primeiro inspeciona o cristal para depois polir e precificar.
“No momento, é muito difícil dar um preço a ela. Primeiro, precisamos inspecionar a pedra e ver o que podemos extrair dela em forma polida” disse Margaux Donckier, diretora de relações públicas da HB Antwerp, em entrevista à AFP.
Segundo e terceiro maiores diamantes do mundo estão na mesma coleção
Motswedi faz parte de uma coleção de quatro gemas, onde está incluso o terceiro maior diamante do mundo, também descoberto em Karowe neste ano. Segundo a empresa, o conjunto todo pode valer cerca de US$100 milhões (R$529 milhões na cotação atual).
Donckier relatou que a pedra já tem interessados em todo o globo. A empresa considera que os cristais podem acabar em um museu ou na coleção de um sheik.

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Antes de Motswedi, o maior diamante encontrado em Botsuana era o Sewelô de 1.758 quilates, que significa “descoberta rara” em língua tsuana. Extraído em 2019 também pela Lucara, ele foi compado pela empresa francesa Louis Vuitton em 2020 por um preço não revelado.

Embora os dois maiores diamantes do mundo tenham surgido na última década, o recorde é do Cullinan, encontrado há 120 anos, em 1905, na África do Sul. Esse diamante tinha impressionantes 3.106 quilates. Lapidadores o dividiram em 105 gemas menores, das quais duas passaram a compor a coroa britânica e hoje estão em exibição na Torre de Londres, no Reino Unido.