O preço médio da gasolina comum registrou uma leve queda de 0,16% na primeira quinzena de setembro de 2025, alcançando R$ 6,33 por litro em todo o Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A redução reflete a estabilidade do petróleo no mercado internacional e ajustes implementados pelas distribuidoras.

O preço médio da gasolina comum registrou uma leve queda de 0,16% na primeira quinzena de setembro de 2025: Foto/ Reprodução
Nas capitais, como Brasília e São Paulo, os motoristas perceberam diferenças de até R$ 0,20 entre postos próximos. O Distrito Federal registrou a maior diminuição, com queda de 3,51%, enquanto Pernambuco teve aumento isolado de 2,51%, elevando o litro a R$ 6,53. Já em São Paulo, o preço médio se manteve em R$ 6,19.
O etanol, que corresponde a 27% da mistura obrigatória, apresentou alta de 0,92%, chegando a R$ 4,39 por litro. Essa variação influencia diretamente no preço final da gasolina em diferentes regiões.
Preço elevado no Norte
No Acre, o litro da gasolina atingiu R$ 7,40, o valor mais alto do país. O estado enfrenta custos logísticos elevados, devido ao transporte por rodovias precárias e à necessidade de importar combustível via Porto de Manaus, o que encarece em média R$ 0,50 por litro.
Outros estados da região Norte enfrentam desafios semelhantes. Em Roraima, a proximidade com a Venezuela provoca flutuações adicionais devido a restrições fronteiriças. No Amapá, o preço médio de R$ 6,85 reflete tanto a logística quanto a menor concorrência entre postos, permitindo margens maiores para os revendedores.
Composição do preço
Segundo a ANP, cerca de 30% do valor da gasolina ao consumidor provém da Petrobras, com a gasolina A saindo das refinarias a R$ 2,10 em média. O etanol anidro adiciona aproximadamente R$ 0,80, transporte e armazenamento somam R$ 0,40, enquanto tributos representam cerca de 40% do preço final.
Mesmo com medidas como a redução temporária de impostos federais, a ANP estima que os subsídios cobrem apenas 5% das diferenças regionais, mantendo os preços no Norte bem acima da média nacional.
Para driblar os altos custos, motoristas da região amazônica recorrem a alternativas como veículos mais econômicos e compartilhamento de caronas. A ANP acompanha semanalmente os preços em milhares de postos e destaca a necessidade de investimentos em infraestrutura logística para reduzir as desigualdades entre as regiões.