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COP30 terá apoio do maior navio de guerra da América Latina

COP30 terá apoio do maior navio de guerra da América Latina

Um navio com comprimento equivalente a um prédio de 40 andares vai reforçar as ações de segurança e defesa relacionadas à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), realizada no Pará, em novembro. O “Atlântico” é um navio-aeródromo multipropósito (NAM) e chega ao Porto de Belém (PA) na quinta-feira (25).

Esse é considerado o maior navio de guerra da América Latina — e estará aberto para visitação do público nos dias 27 e 28 de setembro e nos dias 3 e 4 de outubro, das 14h às 18h, no cais da empresa alimentícia Ocrim, segundo o g1. É a segunda vez que moradores da capital paraense têm a chance de espiar a embarcação, que atracou por lá em 2023 para apoiar ações de defesa da Cúpula da Amazônia.

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Embarcação foi usada para entregar donativos durante as enchentes no RS (Imagem: Divulgação/Marinha)

Com 208 metros de comprimento, o NAM Atlântico pode transportar 432 tripulantes, comportando até 1,40 mil militares em missão e operando com até 18 aeronaves no hangar e convoo.

É, atualmente, a principal embarcação da Esquadra Brasileira, usada para monitorar áreas marítimas e apoiar ações sobre terra, mar e ar, podendo ser acionada para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e em operações de manutenção de paz.

Exercício programado

O NAM Atlântico desatracou da Base Naval da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, no dia 13 de setembro, transportando 1,10 mil militares, além de aproximadamente 435 toneladas de equipamentos militares, armamentos, munições, mísseis, veículos blindados e viaturas leves pertencentes à Marinha do Brasil, ao Exército Brasileiro e à Força Aérea Brasileira (FAB).

O estoque será usado na Operação “Atlas”, exercício conjunto das Forças Armadas iniciado em junho, com previsão de término em 6 de dezembro. A próxima fase será realizada em terrenos amazônicos, incluindo uma operação ribeirinha com a participação de meios navais, aeronavais e de Fuzileiros Navais.

Entre os 1,10 mil militares embarcados, 297 são Fuzileiros Navais, 18 do Exército Brasileiro e três da Força Aérea Brasileira (Imagem: Divulgação/Marinha)

O navio também vai reforçar o Comando Operacional Conjunto Marajoara, estrutura criada pelo Ministério da Defesa para a COP30 que vai atuar entre 4 e 23 de novembro.

Ao longo do evento, também serão empregadas as chamadas Forças Especializadas de Emprego Estratégico, que envolvem a defesa antiaérea; defesa química, biológica, radiológica e nuclear; guerra eletrônica, com ênfase em defesa anti-drone; defesa cibernética; antiterror; além de motociclistas para escoltas e militares especializados em inteligência. 

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Em 2011, participou da Operação Unified Protector, na Líbia. No ano seguinte, retornou à Inglaterra para reformas e, posteriormente, participou de operações navais, no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em 2017, participou da operação Ruman, por meio de operações navais em apoio a ações humanitárias nas ilhas do Caribe, afetadas pelo furacão Irma.

Fase tática da “Atlas” terá início em 1º de outubro, com atividades práticas, simulações e manobras conjuntas (Imagem: Divulgação/Marinha)
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