A retenção de cargas na cidade de Assis Brasil, localizada na tríplice fronteira do Acre, tem gerado preocupação crescente entre empresários e produtores da região. Há quase duas semanas, animais vivos e produtos alimentícios estão parados no posto de fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), sem previsão de liberação.

12 lhamas e alpacas permanecem dentro de uma carreta há cerca de 15 dias: Foto/ Reprodução
Entre as cargas retidas, 12 lhamas e alpacas permanecem dentro de uma carreta há cerca de 15 dias, em condições consideradas insalubres. Os animais estão expostos a fezes, urina e vermes, sem espaço suficiente para se deitar ou descansar, o que coloca suas vidas em risco.
Além dos animais, uma remessa de ovos fecundados, avaliada em cerca de US$ 25 mil (aproximadamente R$ 160 mil), também permanece retida no mesmo posto fiscal. O empresário responsável pela operação, Pablo Cardoso, afirma que toda a documentação exigida, incluindo a Guia de Trânsito Animal (GTA), foi apresentada. Ainda assim, recebeu a informação de que a liberação só seria possível por transporte aéreo, alternativa inviável devido aos custos elevados.
Há quase duas semanas, animais vivos e produtos alimentícios estão parados no posto de fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA): Foto/ Reprodução
Cardoso explicou que a solução depende da presença de um fiscal do MAPA lotado em Alvorada do Oeste (RO), distante da fronteira, e que os servidores de Rio Branco, a cerca de 330 km de Assis Brasil, poderiam realizar o procedimento. No entanto, até o momento, nenhuma designação foi feita.
O caso já foi levado ao Ministério Público Federal (MPF), que recebeu denúncia sobre os riscos de morte dos animais e sobre os prejuízos econômicos, que podem ultrapassar R$ 300 mil.