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Companhia inesperada: robô “criança” traz apoio emocional a pacientes e idosos

Companhia inesperada: robô “criança” traz apoio emocional a pacientes e idosos

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Não existe nada mais assustador para uma criança que ter que passar uma noite em hospital. É um lugar estranho, frio, longe dos pais, cheio de máquinas e pessoas diferentes.

Para lidar com isso, e tornar esse ambiente menos hostil, a Expper Technologies, uma startup com raízes no Vale do Silício e na Armênia, desenvolveu o robô terapêutico Robin para servir como companhia para as pessoas, que já está em uso por pelo menos 30 instituições de saúde nos Estados Unidos, segundo o The Washington Post.

Robin foi criado para servir como companhia para as pessoas e tornar o ambiente hospitalar mais leve. Crédito: Divulgação/Expper Techonologies

Robô simula uma menina de 7 anos

Robin foi programado para agir como se fosse uma criança de 7 anos. Ele caminha pelos corredores de casas de repouso e hospitais, oferecendo apoio emocional e auxiliando a equipe a cuidar dos pacientes, enquanto médicos e enfermeiros se dedicam a outros atendimentos.

“Enfermeiros e equipe médica estão sobrecarregados e sob muita pressão”, comenta Karen Khachikyan, CEO da empresa que desenvolveu o robô. ‘Robin ajuda a aliviar essa parte [do trabalho] deles”.

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Com 1,2 metros de altura e uma tela grande que mostra desenhos animados, o robozinho também pode guardar anotações sobre o paciente, registrar exames e até funcionar como um assistente virtual para os enfermeiros.

Robin não é totalmente autônomo. Por trás dele, uma equipe de operadores trabalha remotamente para controlar e monitorar seu atendimento, sempre com a supervisão de uma equipe clínica.

Imagine uma inteligência emocional pura como WALL-E. Estamos tentando criar isso.

Karen Khachikyan, CEO da empresa, em entrevista ao Washigton Post.

Além disso, Robin também lembra o nome dos pacientes e até suas músicas favoritas, ajudando a deixar o clima mais leve. “Ele traz alegria para todos”, diz Samanta Silva, fonoaudióloga de um dos hospitais onde o robô atua.

O robô não visa substituir a equipe de saúde, mas cuidar dos pacientes, enquanto médicos e enfermeiros se dedicam a outros atendimentos. Crédito: Divulgação/Expper Technologies

Robin espelha as emoções das pessoas

Segundo Khachikyan, Robin reage às emoções de quem está com ele. Se o paciente ri, ele também ri; se alguém está triste, ele mostra empatia com expressões de tristeza.

Funções atuais

Mas ele não trabalha apenas com crianças. Robin também auxilia pessoas mais idosas em casas de repouso. Com elas, o robô joga jogos de memória, orienta exercícios respiratórios e faz companhia a essas pessoas, como se fosse um neto visitando seu avô.

Em um caso relatado por Khachikyan, uma paciente em crise de pânico conseguiu se acalmar quando o robô colocou músicas de seu cantor favorito e exibiu vídeos de seu animal de estimação.

Robô terapêutico está em constante evolução

Robin não é totalmente autônomo. Por trás dele, uma equipe de operadores trabalha remotamente para controlar e monitorar seu atendimento, sempre com a supervisão de uma equipe clínica. Crédito: Divulgação/Expper Technologies

Nos próximos anos, a falta de profissionais de saúde deve aumentar. Por isso, a Expper trabalhar para que Robin realize novas funções, como medir sinais vitais, enviar informações para os médicos e, no futuro, até ajudar pacientes a trocar de roupa ou ir ao banheiro.

Nosso objetivo é que Robin assuma cada vez mais responsabilidades e se torne uma parte essencial da prestação de cuidados.

Karen Khachikyan, CEO da empresa, em entrevista ao Washigton Post.

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