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Acre recebe apenas R$ 1 mil em royalties da mineração e tem menor repasse do país

Enquanto estados como Minas Gerais e Pará concentraram a maior parte dos royalties da mineração distribuídos em setembro, o Acre recebeu apenas R$ 1 mil — o menor valor do país. Os recursos fazem parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), repassada mensalmente pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

Acre recebe apenas R$ 1 mil em royalties da mineração, menor repasse do país/Foto: Reprodução

No total, a ANM distribuiu mais de R$ 512 milhões em royalties. Desse montante, R$ 102,5 milhões ficaram com os estados e o Distrito Federal, e outros R$ 410,2 milhões foram destinados diretamente aos municípios. Minas Gerais foi o estado que mais arrecadou, com R$ 45,49 milhões, seguido do Pará, com R$ 36,96 milhões.

O contraste é evidente: apenas a cidade de Canaã dos Carajás (PA), sozinha, recebeu R$ 59,2 milhões — valor quase 60 mil vezes maior do que todo o repasse destinado ao Acre. Outras cidades como Parauapebas (PA) e Congonhas (MG) também figuraram no topo da lista, recebendo R$ 54,6 milhões e R$ 19,5 milhões, respectivamente.

Já o Acre, com pouca atividade mineradora regularizada, permanece praticamente fora do mapa da mineração nacional. O valor simbólico de R$ 1 mil recebido pelo estado representa apenas 0,001% do total repassado em setembro.

Especialistas apontam que o baixo repasse reflete não apenas a pequena escala da mineração no Acre, mas também os entraves legais e ambientais que limitam a exploração mineral na região. Para alguns analistas, a situação reforça a dependência econômica do estado em relação a outras fontes de receita, como o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e transferências federais.

Quanto cada estado recebeu em setembro:

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